Murray faz o bi e regressa aos grandes títulos
Tal como Serena Williams, à terceira foi mesmo de vez para um tenista de língua inglesa em 2016. Depois de ter perdido as finais do Open da Austrália e de Roland Garros para Novak Djokovic, o número dois mundial Andy Murray confirmou uma vez mais esse estatuto e triunfou pela segunda vez na relva do emblemático All England Club.
“Seco” de torneios do Grand Slam desde precisamente o seu primeiro triunfo em Wimbledon, em 2013, o britânico teve pela frente Milos Raonic, responsável pela eliminação de Roger Federer nas meias-finais e estreante numa fase tão adiantada de um torneio da categoria. Apesar do triunfo em três partidas, fruto do facto de o canadiano ter acusado a ocasião – Raonic alinhou 29 erros não-forçados, contra 12 por parte de Murray, apesar de ambos terem acabado o encontro com os mesmos 39 winners -, houve apenas uma quebra de serviço em todo o encontro, com os dois derradeiros sets a terem sido decididos em tie-break.
A chave do encontro esteve, ainda, na percentagem de pontos aproveitados com o primeiro serviço (87% por parte do mais velho dos dois jogadores, tendo perdido apenas nove pontos com esta bola em todo o encontro), ao passo que, para um tenista cujo jogo tem a sua caraterística mais forte no serviço, ter apresentado um aproveitamento de primeiras bolas inferior a 2/3 prejudicou sobremaneira o tenista originário de Montenegro.
Este triunfo permite a Murray igualar Nadal como o segundo tenista que mais Majors conquistou desde o seu primeiro título (Open dos Estados Unidos, 2012), atrás dos sete de Djokovic. Além disso, o escocês é o único a ter alcançado a final em todos os eventos da categoria em 2016, o que o coloca a pouco mais de oitocentos pontos de Djokovic na Race – tendo também ele já assegurado a qualificação para as ATP World Tour Finals com este resultado. Já Raonic é agora o terceiro com mais pontos amealhados nesta temporada, mantendo o sétimo posto na atualização de rankings da próxima segunda-feira.