Murray avisa que é um dos melhores tenistas do Mundo em relva

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 2, 2023

Aos 36 anos, Andy Murray entra em Wimbledon mais uma vez com vontade de fazer história. O antigo número um do Mundo garante que se sente muito bem e confiante para atacar o torneio mais especial da sua carreira.

AMBIÇÃO EM WIMBLEDON

Estou muito bem em todos os sentidos, venho com ritmo de ter feito bastantes encontros e tenho muita vontade de competir. Este sempre foi o torneio mais importante para mim e à medida que me aproximo do fim da minha carreira quero aproveitar todas as oportunidades. Sinto que estou em muito boa posição para mostrar o meu melhor nível e dá-me enorme confiança saber que só há um tenista com mais experiência do que eu, Djokovic. Sou um dos poucos que lhe ganharam aqui, sei que sou um dos melhores do Mundo em relva e estou muito bem fisicamente, então devo aproveitar para fazer um grande torneio.

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RETIRADA EM BREVE

Nunca sabes quantas vezes mais podes viver algo como competir em Wimbledon, não se pode tomar nada como garantido. Sinceramente, comecei a pensar na minha retirada durante o Australian Open deste ano porque percebi que não podia continuar assim eternamente. Quero retirar-me nos meus próprios termos, a ser competitivo e não levar ao limite a anca. Não quero que uma lesão grave precipite a minha retirada. Tenho ideia de quando quero retirar-me, mas não vou anunciar nada. Ainda tenho uma fase em que posso competir ao máximo, mas sei que isto não se vai prolongar demasiado tempo.

TREINO COM DJOKOVIC

Foi um grande treino, há muito tempo que não treinava com o Novak. Lembro-me que há uns anos, na Austrália, quando ia retirar-me, treinei com ele e é brutal ver como as coisas mudaram radicalmente desde esse momento. É incrível o que fez, superar Rafa e Roger é impressionante. É admirável como mantém a sua ambição para continuar a ganhar sem que os nervos e a tensão o ataquem. É uma demonstração do seu caráter competitivo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt