Murray anuncia mudança: «A minha família vai ser a prioridade à frente do ténis em 2023»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 25, 2022

Andy Murray, agora com 35 anos, continua a lutar para regressar aos tempos de outrora, mas o britânico sabe que as coisas estão diferentes. O próprio Murray admite que a próxima época terá de ser planeada de outra maneira porque quer estar mais perto da família, mas os objetivos em court mantêm-se.

FAMÍLIA PASSA PARA PRIMEIRO PLANO

Cada vez que tenho de sair por várias semanas, fico com o coração ao despedir-me dos meus filhos. Já são mais velhos e percebem a minha ausência. No verão estive cinco semanas nos Estados Unidos e apercebi-me de que isso é demasiado para mim nesta fase da vida. É o meu trabalho e planeio falar muito com a minha esposa sobre o foco para 2023, mas a minha família vai ser a prioridade à frente do ténis. Farei coisas que talvez não sejam ideias para a minha carreira. Esta semana duas das minhas filhas fazem anos e não quero continuar a perder coisas assim.

RESUMO DA TEMPORADA

Sei que estive perto de não voltar a jogar ténis nunca mais, mas quando comecei a recuperar ritmo apercebi-me de que era possível. Tenho de ter muito cuidado com a maneira como treino e com o tempo que treino. Esta temporada foi positiva porque joguei quase sem lesões. Deu-me muita raiva ter um problema abdominal mesmo antes de Wimbledon e sei que continuo a ter um bom nível. Ganhei a jogadores muito bons, como Alcaraz, Hurkacz, Berrettini, Tsitsipas ou Kyrgios. Quando isso acontece é porque tens o necessário para estar no topo, mas preciso de ser mais consistente.

OBJETIVOS PARA 2023

Quero pensar que posso continuar a ser competitivo e que só preciso de escolher melhor os meus torneios para ser mais regular. O meu objetivo principal é melhorar o meu ranking para ser cabeça-de-série e não ter de enfrentar grandes tenistas logo na primeira ronda. Esta semana em Basileia é muito importante para mim.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt