Monfils descontente com prestação: «Estava chateado comigo, com as condições, com tudo»

Por Susana Costa - Maio 1, 2019
gael-monfils

Sem jogar desde o Masters 1000 de Indian Wells (março), devido a lesão no tendão de aquiles, Gael Monfils entrou em court nesta quarta-feira para arrancar, entre a ventania que se instalou no Clube de Ténis do Estoril, um triunfo em três sets diante, rumo aos quartos-de-final do Millennium Estoril Open.

No final, o francês de 32 anos, número 18 mundial, era um jogador descontente com a sua prestação. “Estava muito chateado aos 5-2, quando fui quebrado”, começou por admitir. “Estava chateado comigo, com as condições, com tudo, na verdade, porque queria voltar ao circuito com um triunfo, e senti que esta não era a melhor maneira de voltar”.

O plano passou por se “manter calmo e acreditar que conseguia vencer o encontro”, acrescentou Monfils, destacando o ambiente vivido nas bancadas. “Foi ótimo ter as pessoas a apoiar-me, gostei muito. Tive pena, porque esta não foi a minha melhor prestação. As condições estavam complicadas, mas acho que o público foi fantástico. Espero que no próximo encontro as condições estejam melhores e que eu possa mostrar o quanto gosto que estejam a torcer por mim”.

Mau ténis à parte, Monfils realça a sua atitude na reviravolta do marcador. O ténis não esteve bem, mas sim a mentalidade que mostrei no court. Este ano, trabalhei a parte mental com a minha equipa. Quero apenas olhar para o lado positivo. É uma vitória, mais uns quartos-de-final e mais uma oportunidade de jogar. Espero que seja melhor daqui para a frente”, concluiu o gaulês, que tem pela frente nos quartos-de-final uma das grandes surpresas do torneio, o espanhol Alejandro Davidovich Fokina.

 

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.