Milos Raonic cedeu para o seu corpo: «Fui o meu pior inimigo hoje»

O corpaço de um metro e 96 centímetros de Milos Raonic, que tanto tem feito pelo seu ténis possante e pelo consequente sucesso no circuito, deu de si esta quarta-feira, impedindo-o de lutar em plenas condições por um lugar na terceira ronda. “Fui o meu pior inimigo hoje”, disse o canadiano após a derrota para Ryan Harrison, por 7-6(4), 5-7, 5-7 e 1-6.

“Fiz tudo o que pude para dar a volta, mas o meu corpo não me deixou. Foram múltiplas coisas: o braço esquerdo; o antebraço direito, no final do terceiro set; os dois quadris; o flexor do lado esquerdo”, enumerou Raonic, que não perdia tão cedo num Grand Slam desde Wimbledon do ano passado.

E, porque o pesadelo de uns é o sonho de outros, Harrison qualifica-se pela primeira vez para a terceira ronda de um Major, e logo com um triunfo sobre um top-10, o segundo da sua carreira, depois de ter vencido Grigor Dimitrov em Acapulco no ano passado.

“Estou mentalmente mais maduro, sinto-me mais estável tudo o que me rodeia, permitindo-me jogar com mais tranquilidade mas também com entusiasmo”, disse o norte-americano de 24 anos e 120.º ATP, oriunda da fase de qualificação, após aquele que é o maior triunfo da sua carreira.

Djokovic segue sem jogar e Monfils dá espetáculo

O terceiro dia em Flushing Meadows foi tranquilo para os restantes favoritos, com Novak Djokovic a beneficiar da desistência de Jiri Vasely e Rafael Nadal a não precisar de suar muito para passar por Andreas Seppi (6-0, 7-5 e 6-1), debaixo do novíssimo teto do court principal. Já Gael Monfils, igual a si próprio, fez do Arthur Ashe Stadium a sua sala de espetáculos e derrotou Jan Satral com muito fogo de artifício (7-5, 6-4 e 6-3), tendo o caminho livre de cabeças-de-série até aos quartos-de-final, com a derrota de Raonic.

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Os homens da casa, John Isner e Jack Sock, avançaram também para a terceira ronda, com triunfos sobre Steve Darcis (6-3, 6-4, 6-7(10), 6-3) e Mischa Zverev (6-1, 6-1 e 6-2), respetivamente.