Medvedev: «Todos os jogadores dizem que o court está mais lento este ano»

Por José Morgado - Maio 26, 2023
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Daniil Medvedev, recentemente campeão do ATP Masters 1000 de Roma e para muitos um dos favoritos ao título em Roland Garros 2023, passou esta sexta-feira pela sala de conferências de imprensa durante o Media Day do Grand Slam francês. O russo de 27 anos acredita que tem este ano mais chances do que nos anteriores de ser feliz em Paris, mas lembra que as condições este ano estão menos propícias ao seu estilo de jogo…

SEM TEMPO PARA CELEBRAR

Não vos vou dizer quantos dias tive de descanso depois de Roma, mas garanto que não tive tempo nenhum para festejar. Têm sido tempos ocupados para mim. Estive com a minha equipa, a minha família, todos naturalmente muito contentes. O ténis é assim, não há tempo para ficarmos a pensar na semana que já acabou…

ROLAND GARROS COM MAIS EXPECTATIVAS ESTE ANO

Não sei como lidar com isto e não quero estar demasiado confiante. É claro que este ano trago encontros ganhos e isso é importante, mas nunca sabemos o que esperar de um torneio de Grand Slam. É um ótimo momento aquele que trago e isso nunca me aconteceu em Roland Garros, mas não quero parecer nem soar arrogante.

QUANDO É QUE TUDO COMEÇOU A MUDAR EM TERRA?

Alguém me disse no outro dia que eu choro muito e ganho na mesma. Então tentei chorar menos, treinar e sentir-me melhor a cada dia. Em Roma senti-me muito bem a partir do primeiro treino e aqui já me senti muito bem nos primeiros dois treinos. As coisas estão a correr da melhor forma, mas as condições são bem diferentes.

MAIS LENTAS DO QUE EM ANOS ANTERIORES

Sem dúvida, é isso que opinam todos os jogadores. Não sei se tem apenas a ver com o court, mas acho que é por causa das bolas, que são muito pesadas e ficam rapidamente muito grandes. Vamos ter pontos mais longos, encontros mais longos e o campo é mais lento do que em anos anteriores.

ROLAND GARROS SEM NADAL

Sente-se uma vibe diferente no ar, o que é normal. Mas há muita tendência para ter memória curta no ténis porque há sempre muita coisa a acontecer e cada um foca-se essencialmente em si mesmo.

 

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com