Medina Garrigues em Portugal: «Não é bom para Alcaraz compará-lo a Nadal, mas são parecidos»
Anabel Medina Garrigues, campeã do Estoril Open 2011 precisamente nos courts do complexo de ténis do Jamor, regressou nos últimos dias a esse mesmo local para acompanhar a jovem espanhola Jéssica Maneiro, de 19 anos, no Oeiras Ladies Open. E antes de voltar a Espanha — a jovem do país vizinho já foi eliminada –, a atual selecionadora espanhola da Billie Jean King Cup passou pela sala de conferências de imprensa do Jamor para falar um pouco sobre o momento da sua carreira… e do ténis espanhol.
REGRESSO A LOCAL ONDE FOI MUITO FELIZ
“É engraçado porque eu não sabia que era neste clube. E assim que aqui cheguei percebi que era e isso deixou-me muito emocionada. Foi há 11 anos, fui ver ao Google. É muito especial”.
FUNÇÕES NA FEDERAÇÃO ESPANHOLA
“Tenho duas. Sou capitã da Billie Jean King Cup e depois temos um projeto de acompanhamento das jovens jogadoras. Acompanho as suas equipas de trabalho e viajo com elas quando não têm possibilidade de ter a sua equipa. A Jessica tem muito potencial. O ténis evoluiu muito e é hoje em dia um desporto mais físico e direto. Basta ver que a Muguruza e Badosa também não jogam o típico estilo espanhol. São agressivas e jogam dentro do court. A Jessica também tem um ténis ”atual'”.
FORTÍSSIMA EQUIPA ESPANHOLA NA BJK CUP
“Estou muito contente com a nossa seleção se pudermos tê-la em todo o seu esplendor. Para além da Badosa e da Muguruza temos outras jogadoras muito fortes e comprometidas com o espírito da seleção. Estamos numa boa posição para poder ganhar a competição, mas será complicado. O primeiro passo é apurarmo-nos diante dos Países Baixos na próxima semana”.
MUGURUZA E BADOSA EM GRANDE
“Há muitos anos, desde Arantxa e Conchita, que não tínhamos duas jogadoras ao mesmo tempo no topo. É uma grande notícia termos estas duas jogadoras no topo. Terminaram muito bem o ano. A Paula é muito consistente e tem muitas chances de lutar pela liderança do ranking”.
FENÓMENO ALCARAZ EM ESPANHA
“Estamos a vivê-lo de forma muito entusiasmada. O que o Rafa fez ao longo dos anos foi impressionante e não é positivo para o Carlos que o comparemos com o Rafa, mas a verdade é que em termos de progressão, tendo em conta a idade, o percurso dos dois é muito parecido. O próprio Nadal diz — e eu concordo — diz que o Carlos é muito parecido com ele. Pelo caráter, físico e valentia. Ele não tem medo e diz que quer ganhar Grand Slams e ser número um. Isso deixa-nos muito felizes, ver que teremos um substituto de Nadal no topo do ranking. Não quer dizer que vá ganhar 20 Grand Slams, mas vai ser a próxima referência do ténis espanhol. Eu gosto muito de vê-lo jogar. É muito diferente do Rafa, não tem nada a ver, mas tem também um ténis muito atual: agressivo, poderoso, serve bem e gosta de ir à rede. E gosta dos grandes palcos. Isso faz dos bons jogadores… ainda melhores.”