Médico de Nadal explica tudo sobre a lesão: «Não podemos cometer erros»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 26, 2022
Foto: Punto de Break

Rafael Nadal vai parar entre quatro e seis semanas devido a uma fissura no arco costal. Nenhuma lesão chega em boa altura, mas esta veio estragar o grande momento de forma do número três mundial, que procurava entrar com tudo na temporada de terra batida depois de conseguir 20 vitórias em 21 encontros para arrancar 2022. Agora vê-se obrigado a travar e precisa de ter cuidado com esta lesão. Quem o diz é Ángel Ruiz Cotorro, médico que está a acompanhar o campeão espanhol.

“Este tipo de lesões dão sempre queixas durante o tempo. Ele está a evoluir, mas continua com dor. A dor é muito grande ao início e dói a zona onde está a fissura e também por trás. Pouco a pouco, a dor centra-se na zona onde o Rafa tem a fissura. O que há a fazer é tirar a dor para que possa fazer algumas atividades sem dor e não perder a grande forma que tinha até agora”, começou por dizer ao Punto de Break.

“Esse é o nosso grande objetivo. Que fisicamente perca o menos possível. Precisa de repouso porque este tipo de lesões não se consolidam antes das quatro semanas. Nesse tempo, há que fazer tudo o que for possível para esteja nas melhores condições físicas quando puder começar a jogar. Trabalharemos fisicamente, mas protegendo bem a lesão”, destacou.

Questionado sobre se Nadal pode acelerar os prazos para jogar torneios mais cedo, Ruiz Cotorro reforça a cautela. “O importante é chegar ao objetivo que o Rafa tem nas condições de segurança adequadas. Os prazos são relativos. Sempre podemos fazer mais ou menos, mas a evolução é que dita. Vamos controlar muito perto, mas temos que ser muito prudentes. Não podemos cometer erros”, garantiu.

Por outro lado, o conceituado médico afirmou que não houve qualquer erro dos fisioterapeutas no tratamento em court. “Fizemos muitos exames ao Rafa desde que chegou. Muitos e muito específicos. Em alguns, a fissura intra-óssea nem aparecia. Apareceu noutros e por isso fizemos o diagnóstico. Imagina quão difícil foi ver a fissura. Em dois minutos é muito difícil quando não está diagnosticado com a lesão. Eu vi a fissura e era impossível o tratamento dos fisioterapeutas ter prejudicado. Conheço-os e são grandes profissionais”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt