Mauresmo: «Nem tudo foi perfeito e vamos trabalhar para o futuro»

Por José Morgado - Junho 9, 2025

Amélie Mauresmo, diretora de Roland Garros, fez um balanço honesto da edição de 2025, reconhecendo falhas e prometendo melhorias. “Como já disse, nem tudo foi perfeito neste torneio. Estamos conscientes disso e vamos trabalhar nas soluções para o futuro”, afirmou.

Um dos momentos mais marcantes foi, segundo a própria, o tributo a Rafael Nadal. “O momento mais histórico foi ver o Rafa na pista central, a receber o carinho de todos — do público, da organização e dos grandes jogadores da sua geração. Foi um momento comovente, harmonioso, e que ficará para sempre na memória.”

COLABORAÇÃO COM NADAL

Este foi um primeiro passo, com a campanha de comunicação e a homenagem. Mas vamos retomar as conversas. Há vontade mútua de continuar esta ligação de 20 anos com Roland Garros. Tenho muita confiança nisso.

MUDANÇAS NAS SESSÕES NOTURNAS?

Tudo pode estar em aberto. Foi uma experiência de aprendizagem. Mas também digo que os jogos às 20h30 ou 21h tiveram muito sucesso, com bancadas cheias até ao fim.

SESSÕES NOTURNAS NO SUZANNE LENGLEN

Vamos debater esta questão no nosso seminário pós-torneio. No passado, a capacidade do estádio e o fluxo de pessoas foram entraves. Mas vamos reavaliar tudo.

JUÍZES DE LINHA PODEM MANTER-SE EM 2026

Este ano correu muito bem. Somos quase os ‘últimos mohicanos’ a tê-los. Vamos analisar novamente os prós e contras. O sistema eletrónico ainda não mostrou fiabilidade suficiente nos torneios de terra batida.

ALCARAZ, SINNER E A NOVA GERAÇÃO

Não é por acaso que jogaram a final. Têm idade, ranking e já vitórias incríveis. Podemos imaginar que estarão presentes durante muitos anos.

ENCHER CHATRIER O DIA INTEIRO É DESAFIO

Os hábitos mudaram. As pessoas passam sete ou oito horas no estádio e procuram outras experiências. Temos de encontrar o equilíbrio certo.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com