“Lacrime di gioia”: final do US Open fala italiano
O impensável vai mesmo acontecer este sábado: Roberta Vinci e Flavia Pennetta discutem a partir das 20 horas portuguesas o encontro mais importante das duas carreiras. Na sexta-feira, as duas compatriotas (e contemporâneas) derrotaram as duas melhores jogadoras da atualidade, apaixonaram Itália e chocaram o Mundo. Hoje vai falar-se exclusivamente italiano.
Roberta Vinci foi, incontornavelmente, a que conseguiu alcançar um feito maior. A transalpina, vencedora de cinco títulos do Grand Slam na variante de pares femininos, ao lado de Sara Errani, garantiu a qualificação para a sua primeira final de singulares, aos 32 anos, numa altura da carreira em que já ninguém acreditava que pudesse aproximar-se do sucesso nos grandes palcos.
Sem resultados de relevo ao longo de toda a temporada, Vinci surpreendeu ao chegar tão longe em Nova Iorque a ameaçava ser presa fácil nas meias-finais, mas não foi nada disso que aconteceu, com a italiana a impor-se por 2-6, 6-4 e 6-4. Williams parecia no controlo durante a primeira parte do encontro, ultrapassando a italiana em potência, mas Vinci nunca desistiu, e começou a “roubar” a mão à americana a meio do segundo set, com o seu ténis variado, repleto de slices e variações venenosas.
Williams lutou, gritou e contou com forte apoio do público, mas Roberta Vinci, embora a fervilhar por dentro, mostrou uma calma exterior na hora da vitória que inveja a qualquer grande campeão. Fechou com jogo em branco e disse “não” ao Grand Slam de calendário que Serena Williams tanto sonhava.