Kyrgios respira confiança: «Fiz tenistas do top 10 parecerem bastante banais»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 26, 2022

Nick Kyrgios esteve parado dois meses e voltou com tudo na relva. O australiano fez duas meias-finais consecutivas, antes de desistir em Maiorca, e garante que se sente confiante para fazer estragos em Wimbledon. Kyrgios confessou que tem o sonho de vencer um Grand Slam em singulares e ainda destacou o nível que pode atingir.

MOTIVADO EM WIMBLEDON

Estou super entusiasmado por estar aqui. Joguei muito bem em relva, sinto-me bem. Sinto-me preparado mentalmente. Quando era jovem, nunca pensei que ia jogar mais de 30 Grand Slams. Estou muito orgulhoso por voltar, há uma energia especial aqui.

DESISTÊNCIA EM MAIORCA

Joguei muito ténis no ponto de vista da carga. Acho que ninguém estava à espera disso. Provavelmente, sou o único jogador que pára dois meses a meio do ano e volta para jogar em relva. Fiz muitos encontros, ganhei a jogadores muito bons, estou contente com o meu nível. Tive a melhor preparação em relva desde há muito tempo. Em Maiorca tive de desistir porque via que estava muito cansado.

PAUSA DE DOIS MESES

É como eu sou. Não quero ser o tipo de tenista que joga o ano todo. Ao viver na Austrália, é difícil encontrar o equilíbrio entre passar tempo com família e amigos e ter um estilo de vida normal. Não quero estar sete ou oito meses por aí. Não faz mal, não persigo o ranking. Fiz tenistas do top 10 parecerem bastante banais, por isso sei onde está o meu jogo. Com confiança posso estar bem quando quiser. Tenho é de me esforçar ao máximo.

RESULTADOS CONTRA TOP 10

A chave é dormir bem, garantir que o corpo está bem. Eu sei que se servir e jogar bem posso ganhar a qualquer um. Já derrotei quase todos do quadro antes. Sou uma das pessoas que tem lidar com o ‘ser um dos maiores desperdícios de talento’ todas as semanas. Não há muitos que tenham ganho um Grand Slam de singulares. Claro que é algo que quero superar, espero que um dia consiga. Tenho de me centrar nas primeiras rondas e tentar passar o mais rápido possível. Não penso em ganhar agora, vamos ver.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt