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Kyrgios coroa Federer como o melhor da história, mas admite: «Nunca quis ser como ele»
A vida de tenista está cheia de segundas oportunidades, e Nick Kyrgios tem esta noite a possibilidade de concretizar o que não conseguiu há cerca de uma semana, em Indian Wells, por culpa de uma intoxicação alimentar: guerrear com Roger Federer pela vitória.
Ainda que as coisas lhe tenham corrido de feição na última vez que se encontraram separados pela rede, em Madrid, há dois anos, o australiano de 21 anos sabe que o que o espera nas meias finais do Miami Open é tudo menos moleza. “Claro que ele é o melhor jogador de todos os tempos”, disse Kyrgios aos jornalistas em Miami, “mas o seu ponto forte é a forma como ele tira tempo aos seus adversários”.
“Gosta de jogar ao seu ritmo, de se antecipar e de jogar de forma agressiva. Ele gosta, claramente, de atacar na resposta. Gosta de ganhar os seus jogos de serviços rapidamente, de serviço-volley. Eu sei o que me espera, já joguei com ele anteriormente. Está a jogar de forma inacreditável neste momento”, analisou o atual número 16.º mundial, que diz saber o que fazer para contrariar o poderio do helvético:
Ser igual a si próprio. “Não vou fazer nada de extraordinário. Vou servir em grande e jogar em grande. É esse o meu estilo de jogo, e com o qual tive sucesso, portanto é isso que eu vou fazer”, afirmou. Do irreverente australiano espera-se nada menos do que espetáculo, ou não tivesse ele crescido a olhar para Gael Monfils e Jo-Wilfried Tsonga, como tantas vezes admite, e não tanto para o seu adversário desta noite.
“Nunca quis ser como o Roger”, admitiu Kyrgios. “Claro que quando era júnior e jogava torneios, sub-12 e sub-14, eu estava sempre a vê-lo na televisão, nos anúncios dos encontros. Eu vi-a o Gael Monfils na televisão e assisti a um treino de Jo-Wilfried Tsonga quando tinha 12 anos. Por isso, ainda é surreal para mim cruzar-me com eles nos balneários, estar ao lado deles, defrontá-los e derrotá-los”.
O embate entre dois dos grandes jogadores do momento acontece quando em Portugal Continental o ponteiro marcar meia-noite, altura em que no Brasil vão bater as 20 horas.
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