Kasatkina só volta em 2026: «Cheguei a um beco sem saída e não consigo continuar»

Por Tomás Almeida - Outubro 6, 2025

Daria Kasatkina (atual 19.° WTA e antiga número 8 do Mundo) não tem conseguido encontrar o seu melhor nível esta temporada e os resultados são uma amostra disso mesmo. No entanto, há algo mais a explicar tudo isto…

A tenista de 28 anos recentemente naturalizada australiana, e de origem russa, tem sofrido constantes desaires nas primeiras eliminatórias, praticamente, desde o arranque da época, exceção feita aos torneios do Grand-Slam, onde aí até esteve melhor no que diz respeito aos resultados (“oitavos” no Open da Austrália e em Roland-Garros e 3.ª ronda em Wimbledon e no Open dos Estados Unidos).

Mesmo assim, e sabendo de toda a valia do ténis da antiga top10 mundial – uma jogadora que já disputou meias-finais em Majors e ganhou inúmeros títulos em diferentes provas do circuito regular, fica fácil de perceber que as prestações, de um modo geral, andaram muito aquém do seu estatuto e a própria é a primeira a reconhecer isso, revelando mesmo que o melhor talvez seja fazer uma pausa.

Nas suas redes sociais, Kasatkina afirma que tem sofrido bastante a nível mental nos últimos meses: “Estou longe de estar bem há muito tempo e, verdade seja dita, os meus resultados comprovam isso. […] A verdade é que cheguei a um beco sem saída e não consigo continuar. Preciso de uma pausa. Uma pausa da rotina monótona do circuito. O calendário é simplesmente exagerado; mental e emocionalmente, sinto-me à beira do colapso.”

Garante ainda que o processo relativo à mudança de nacionalidade também motivou esta delicada situação: “Some-se a isso o stress emocional e mental associado à minha mudança de nacionalidade, além das constantes batalhas para obter a elegibilidade total para competir pela Austrália. É muita coisa para mim…”.

“Sei que sou forte e me tornarei mais forte estando longe, recarregando as energias, me reagrupando e revitalizando. É hora de me ouvir para mudar a minha mente, o meu coração e o meu corpo.”, conclui o seu comunicado, virando a página para o próximo ano “2025 acabou para mim e não foi nada bom (…). Vou ficar bem, espero ver todos vocês em 2026.”

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A minha paixão pelo ténis começou aos 10 anos e desde então tem crescido dia após dia. Já deixou de ser um mero desporto para mim, enquanto consumidor de tudo um pouco, ... bem, talvez nunca tenha sido... Estou aqui para continuar a ser surpreendido e a aprender com algo único e incomparável como o ténis. Hoje em dia não me consigo imaginar a viver sem a bola amarela no canto do olho. Quero seguir neste mundo e fazer dele o meu futuro, crescendo com todas as aprendizagens adquiridas a partir de valiosas experiências. Continuem desse lado!