João Sousa: «Triste por ver os grandes torneios na televisão»
João Sousa está afastado dos courts a recuperar de problemas físicos depois de meses difíceis e esta sexta-feira passou pelo programa ‘Manhã Informativa’, da Sport TV, para falar não só do seu momento recente como do torneio de Wimbledon, que está aí à porta.
AFASTADO DOS COURTS (E DE WIMBLEDON) DEVIDO A LESÃO
Estou numa fase de recuperação de uma lesão nas costas. Triste por ver os jogos dos grandes torneios na televisão em vez de os jogar e tenho vontade de regressar o mais rapidamente possível porque é aquilo que mais gosto de fazer. Ainda não sei quando vou voltar. Tenho de recuperar da melhor maneira e as coisas não têm corrido como esperaria. O meu regresso é uma incógnita, voltarei quando estiver a cem por cento porque estive lesionado desde o início da temporada.
WIMBLEDON É ESPECIAL
Wimbledon é emblemático. Lembro de quando era pequeno ver na televisão e ter o sonho de jogar esse torneio. Felizmente tive esse oportunidade e sinto que deveria lá estar. São muitas emoções porque é aquele torneio que todos querem disputar.
CHEGOU AOS ‘OITAVOS’ EM 2019
O ano de 2019 foi muito bonito para mim em Wimbledon, cheguei aos oitavos-de-final. Grandes memórias porque chegar à segunda semana é sempre um objetivo. Perdi contra o Rafa no campo central e é para esses momentos que nós jogadores jogamos. Viver esses momentos e desfrutar.
DJOKOVIC E ALCARAZ FAVORITOS
Há dois claros favoritos: o Djokovic e o Alcaraz. São os principais candidatos, têm vindo a jogar um nível mais alto do que os restantes jogadores, o que não quer dizer que não exista surpresas, porque há sempre.
APOIO A NUNO BORGES E FRANCISCO CABRAL
O Nuno Borges vai disputar o quadro e estamos aqui a apoiá-lo. Ele e o Cabral são dois jovens e com muito talento. Dois amigos. Vai ser bonito ver até onde podem chegar. As expectativas são altas e eles têm uma longa carreira pela frente, mas acredito que vão preparar-se para fazerem um grande torneio. Sou mais um português a apoiar em casa.
INSPIRAÇÃO PARA OS MAIS JOVENS
Eu gostaria de pensar que sou uma inspiração. Não gosto de me meter como uma referência mas estou satisfeito com o que tenho feito na minha carreira. Espero que isso inspire crianças e jovens e tenha algum impacto positivo. Acredito que no futuro tenhamos mais jogadores a quererem ser profissionais de ténis.
CONDIÇÕES MELHORARAM EM PORTUGAL
Hoje em dia já existem condições para fazer tenistas em Portugal. O Nuno e o Francisco já têm base cá. Há condições para formar jogadores, há jovens com muito talento a crescer e a querer ser profissionais cá. Isso não acontecia quando eu comecei. O futuro é risonho.
VOLTAR AO TOP 100 ESTÁ NA CABEÇA
Gostaria de voltar ao top 100, é onde quero estar. Já lá estive muitos anos e vamos ver como é que estas lesões evoluem e tentar perceber se vou conseguir estar a cem por cento e continuar a fazer aquilo que gosto.