João Sousa recusou fazer parte do Conselho de Jogadores do ATP mas apoia colegas no ‘caso Kermode’

Por José Morgado - Fevereiro 7, 2019
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João Sousa é o melhor tenista português de todos os tempos, figurando atualmente no 39.º posto do ranking mundial, confessou em entrevista à Lusa que já foi desafiado a integrar o Conselho de Jogadores do ATP, presidido por Novak Djokovic, mas recusou sempre.

“Já fui abordado por várias pessoas do ATP para integrar o Conselho de Jogadores, uma vez que falo várias línguas e tenho alguma apetência a nível social, mas nunca aceitei. Prefiro estar mais focado na minha carreira. Não que não goste, mas não quero estar envolvido em questões mais políticas e burocráticas”, revelou o jogador vimaranense, fluente em inglês, francês, italiano, espanhol e catalão, além da língua materna.

Embora não esteja envolvido diretamente no órgão representativo dos jogadores, o minhoto vai acompanhando as questões políticas do circuito e assegura não existir uma tentativa para fazer cair Chris Kermode da presidência do ATP, como tem sido avançado em alguns meios. “Nenhum jogador quer tirá-lo da presidência do ATP, simplesmente o contrato dele acaba no final de 2019. O Conselho de Jogadores está descontente com algumas decisões tomadas pelo Chris Kermode que não são benéficas para nós e, por isso, há algum descontentamento em relação a ele”, explicou Sousa, sublinhando que o atual presidente do ATP, neste momento, “não tem a simpatia dos jogadores” para renovar o mandato.

Tendo em conta “as decisões tomadas em prol dos torneios e não em prol dos jogadores”, quando “algumas decisões deveriam ter sido tomadas a favor dos jogadores”, o tenista português manifesta o seu apoio ao elenco composto por Djokovic, Kevin Anderson, Yen Hsun-Lu, John Isner, Robin Haase, Sam Querrey, Jamie Murray, Bruno Soares, Vasek Pospisil e Stefano Travaglia.

“Votei nos jogadores que estão no Conselho, são os nossos representantes, e confio no trabalho que estão a fazer, no sentido de fazer com que o ténis seja cada vez melhor e haja mais benefícios para os jogadores. O Conselho de Jogadores tem todo o meu apoio e aquilo que decidirem será de acordo com a minha opinião”, finalizou.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com