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João Sousa: «O troféu é pesado, são 20 e tal quilos de vidro»
João Sousa passa a maior parte do ano a brindar os jornalistas com análises dos encontros que disputa, mas esta terça-feira pode ler-se, no jornal A Bola, um outro lado do número um português e agora duas vezes campeão de torneios alusivos ao ATP World Tour. Recente vencedor em Valência, o vimaranense de 26 anos começou por fazer referência ao peso do troféu que recebeu das mãos de Juan Carlos Ferrero, seu ídolo de infância.
“É muito bonito. É uma réplica do edifício Ágora, onde se realiza o torneio. É pesado como tudo, 20 e tal quilos de vidro”, confessou, antes de revelar o peso emocional de mais uma página da história do ténis português, escrita no passado domingo. “A minha mãe ia dizendo ‘és o nosso orgulho, filho’, mas os abraços que trocámos e os sorrisos valeram mais do que mil palavras. Foi tudo muito emocional”, disse, admitindo ainda ter sido um título “especial”, pois teve família e amigos presentes.
Mas Sousa quis revelar outros gostos que tem para além do ténis, como, por exemplo… a leitura. O pupilo de Frederico Marques costuma levar consigo, na mala, livros nos quais os seus olhos incidem nos momentos livres que tem durante os torneios. São, habitualmente, romances históricos sobre personalidades mundiais.
“Além da roupa e dos produtos de higiene, as sapatilhas e as raquetes vão sempre comigo. Um par dura mais ou menos duas semanas em competição, por isso os pares que levo dependem das semanas que vou jogar. Para Valência não levei livros. Foi uma semana em que preferi viver o presente e no meu mundo real”, relatou o agora 34.º da hierarquia mundial.
Dos livros para as viagens, porque o tempo em viagem também tem de ser bem aproveitado. No entanto, as diferenças horárias não são um problema para o português. “Por acaso até me dou bem com o jet lag. Adapto-me bem ao fuso horário e à comida dos países. Felizmente sofro pouco com isso, apesar de as viagens para a Ásia serem mais complicadas”, disse, antes de contar um episódio que aconteceu há duas semanas, num voo para a Rússia.
“Foram quatro horas de viagem e três horas e meia de turbulência. Não costumo ter medo, o Frederico [Marques] sofre mais do que eu, mas já não estava a gostar nada daquilo”, declarou o residente em Barcelona há 11 anos, comentando ainda o que lhe dão de comer nas aeronaves com asas. “Não há nada que possa dizer que gosto. Como por obrigação porque o estômago precisa”, comentou Sousa.
E depois da viagem? O hotel. “Exceção feita aos Grand Slam, que nos dão uma diária e escolhemos onde dormir, os outros torneios oferecem um quarto duplo no hotel oficial, que é quase sempre de cinco estrelas. Se um jogador quiser ficar sozinho, pode, mas já paga. Já estou habituado a partilhar o meu com o Frederico”, garantiu, elogiando ainda o Hotel Palácio Estoril, onde ficou hospedado durante o Millennium Estoril Open: “É muito bonito. O de São Petersburgo também era deslumbrante”.
Quando sai do hotel, são muitos os que se dirigem ao português para tirar fotografias e pedir autógrafos. Os asiáticos “são os mais exagerados e esperam-nos com presentes. Em Tóquio, ofereceram-me um calendário, na China deram uma caixa de bolachas ao Frederico”. Agora, o português regressa ao calendário tenístico em 2016, depois de umas merecidas férias “em qualquer lado, desde que esteja com a minha família e a namorada. Os meus sonhos para 2016 são que superem os de 2015!”, admitiu. O vimaranense joga ainda o interclubes em Barcelona, este ano.
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