João Sousa: «Não venho com muita confiança e isso notou-se»

Por José Morgado - Maio 31, 2021
João-Sousa-Miami

João Sousa, melhor tenista português de todos os tempos, foi eliminado esta segunda-feira na primeira ronda de Roland Garros, ao cair diante de Taylor Fritz, número um dos Estados Unidos, em três sets. O vimaranense não escondeu que o norte-americano foi superior em todos os aspetos, depois de uma semana de treinos em que até diz se ter sentido muito bem.

“O Taylor foi um justo vencedor. Ele serviu melhor, respondeu melhor, mais agressivo de fundo do campo e por isso venceu. Eu tive algumas oportunidades. No primeiro set joguei bem, mas as coisas não caíram para o meu lado e ele a partir daí ganhou mais confiança. O ténis é mesmo assim. É por pequenos detalhes que se ganha e perde. Eu tentei usar as minhas armas mas não consegui vencer. Senti-me mais ou menos dentro de court. Treinei muito bem, já não me sentia assim há muito tempo e as expectativas eram altas, mas a competição é totalmente diferente e nunca é fácil jogar uma primeira ronda. Não venho com muita confiança e isso notou-se nos momentos decisivos”, confessou aos jornalistas portugueses acreditados para Roland Garros.

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Sousa não foi ao Australian Open, pelo que este encontro foi aquele que jogou com mais público nas bancadas desde o início da pandemia e isso deixou-o feliz. “Tinha saudades de jogar com público. Voltar a sentir a vibrar foi voltar um bocadinho aquilo que todos nós gostamos de sentir. É estranho ao início, quando anunciam os jogadores e as pessoas aplaudem. Já há mais de um ano que não tínhamos esta sensação. Foram boas as memórias.”

João aponta agora à época de relva, que conta já com um torneio ATP na próxima semana. “A ideia é ir a Estugarda para a semana, espero ter a oportunidade de entrar. A relva é sempre diferente e vamos preparar bem. É uma mudança muito drástica e vamos tentar adaptar o corpo a isso. Agora também é importante descansar um bocado, especialmente mentalmente. Preciso de saúde e confiança para enfrentar estes novos desafios.”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com