João Fonseca revela quem era o tenista que via sempre e quais são os grandes sonhos

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 26, 2024
fonseca rio
Bruno Alencastro/Bola Amarela

Com apenas 17 anos, João Fonseca viveu uma campanha de alto nível no Rio Open, ao alcançar os quartos-de-final, onde cedeu frente ao argentino Mariano Navone. Com o público brasileiro a entusiasmar-se cada vez mais, Fonseca abriu o livro sobre o seu início, sobre quem via sempre e quais são os grandes sonhos.

AVENTURA ATÉ ABRAÇAR O TÉNIS

Jogo ténis desde os 4 anos porque ia ver os treinos do meu irmão, que é cinco mais velho. Não pensei que me pudesse apaixonar tanto pelo ténis. Sempre estive muito ligado ao desporto. Experimentei futebol, voleibol, surf, escalada. Finalmente, juntei ténis e futebol mais a sério e depois de uma lesão que sofri a jogar futebol fui para o ténis só.

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UNIVERSIDADE AINDA EM CIMA DA MESA

Os meus pais sempre foram muito honestos. Sei que a maioria dos que têm um filho desportista puxavam para ser profissional para que começasse a ganhar dinheiro, mas eles motivaram-me a comprometer-me com uma universidade norte-americana e tomar a decisão definitiva mais tarde, quando tiver tentado a minha sorte em alguns torneios profissionais. As carreiras são cada vez mais longas, muitos alcançam o melhor nível depois dos 26 anos, tenho tempo. Em princípio, se me vir com nível para ser profissional vou fazê-lo, mas não descarto nada. 

MAIOR SONHO

Em todas as entrevistas que dei fui muito sincero. O meu grande sonho é ser número um do Mundo e ganhar um Grand Slam, sendo Wimbledon o meu predileto. Sei que o posso conseguir, mas é um caminho muito longo e que requer trabalho duro. Mantenho-me com os pés assentes na terra porque é a maneira como os sonhos se tornam realidade.

FÃ DE FEDERER

Quando era mais novo não perdia nenhum encontro do Federer. A minha mãe é uma grande fanática do Roger e eu admirava-o muito. Agora vejo muito mais ténis do que antes, não gostava tanto antes como agora, a ver encontros de Sinner e Alcaraz. É impressionante quão fortes são mentalmente e como são capazes de competir com rivais como Djokovic. Fixo-me muito no que fazem dentro e fora do court, por isso foi fantástico passar tempo com eles nas ATP Finals.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt