Jannik Sinner: «Tenho orgulho de ser italiano»

Por José Morgado - Dezembro 24, 2025

Jannik Sinner está a aproveitar um período de descanso após uma temporada 2025 intensa e emocionalmente exigente, mas nem por isso deixa de refletir sobre o caminho percorrido e o que o move dentro e fora do campo. Em entrevista à Sky Sports, o número dois mundial abriu o coração sobre identidade, pressão, rivalidades, família e ambição.

“Estou orgulhoso de ser italiano. Quando atravessas momentos difíceis, percebes que não jogas apenas por ti. Jogas por uma nação inteira, por um povo que te apoia sempre”, começou por afirmar. “Em Itália há uma paixão enorme pelo desporto, seja ténis, futebol ou Fórmula 1. Isso sente-se e dá-te força.”

Sinner destacou também o papel essencial do seu círculo mais próximo. “É fundamental ter um bom grupo à tua volta. Pessoas honestas, que te dizem quando estás bem, mas também quando tens de mudar alguma coisa“, explicou. “Sou jovem e preocupo-me muito com os valores humanos. A minha família e a minha equipa dão-me estabilidade.”

Questionado sobre as grandes rivalidades da atualidade, o italiano foi claro: “As rivalidades são essenciais. São os adversários contra quem mais perdes ou mais jogas que te obrigam a melhorar”, disse. “Esses jogadores tornam-se referências. Se não existirem rivalidades, o desporto perde interesse.”

A paixão pela Fórmula 1 também veio à conversa. “Adoro carros e velocidade. Sou muito amigo do Kimi Antonelli e impressiona-me a forma como ele pensa tão rápido”, confessou. “A capacidade de decidir a alta velocidade inspira-me muito.”

Por fim, Sinner deixou uma mensagem clara sobre o futuro. “O nível está cada vez mais alto. Se queres manter o ranking ou melhorar, tens de trabalhar ainda mais”, sublinhou. “Descansar é importante, mas a vontade de evoluir nunca desaparece.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com