Ivanisevic e a discussão do GOAT: «Se Djokovic ganhar o US Open acabou-se a conversa»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 12, 2021
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Até onde vai chegar Novak DjokovicGoran Ivanisevic foi questionado sobre se o sérvio poderá alcançar os 30 títulos do Grand Slam, mas decidiu não entrar por esse caminho, embora não feche a porta a esse feito. De qualquer das formas, o treinador do número um do mundo aproveitou o embalo para garantir que o debate sobre quem é o melhor de todos os tempos (GOAT) tem tudo para acabar em 2021.

“A cada dia compete melhor e todos os dias dá algo novo. De facto, quando não joga bem, ganha na mesma. Quando joga o seu melhor ténis é impossível vencê-lo. Tudo é possível. Não vou dizer 30 porque falta muito caminho, mas há cinco, seis ou sete anos só se falava de Federer. Agora também estão Nadal e ele a competir para serem o melhor de todos os tempos, embora para mim o Novak seja o melhor de todos. Está a escrever história e vai fazê-lo no US Open. Se ganhar quatro Grand Slams num ano, o debate está terminado”, apontou, sem dúvidas.

Ivanisevic não se ficou por aqui e elaborou mais sobre a questão do GOAT. “Para mim esta história acabou há muito tempo e depende de quem gostas mais porque entre os três ganharam 60 Grand Slams! É surreal. É o único que pode ganhar quatro Slams seguidos no mesmo ano e se o fizer em Nova Iorque acabou-se a conversa. Mas Nadal vai continuar a lutar. Ainda assim, Novak é o maior de todos os tempos. Nem há debate sobre essa questão”acrescentou.

O croata deixou ainda uma comparação curiosa sobre o sérvio quando foi questionado se o melhor Ivanisevic poderia derrotar Djokovic. “Não posso responder porque Novak é invencível neste momento. Contra Shapovalolv esteve um pouco apertado, mas ainda conseguiu pancadas incríveis. É assombroso e a cada dia mostra algo novo e muito melhor. Simplesmente não quer parar e não vai parar. Desfruta de estar no court por mais que os adeptos apoiem o rival. É como nos filmes em que tens de matar o protagonista 27 vezes e mesmo assim ele levanta-se. Estou orgulhoso por ser testemunha disto”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt