Iga Swiatek revela os segredos para defender o título de Roland Garros

Por Rodrigo Caldeira - Maio 24, 2025

Iga Swiatek vai procurar nesta presente edição de Roland Garros 2025 fazer história, isto porque, se a jogadora polaca vencer pela quinta vez este titulo, tornar-se-á na primeira jogadora a ganhar quatro vezes consecutivas esta prova em singulares femininos. No entanto, o seu ténis não tem sido o melhor e pela primeira vez a atual número 5 do ranking mundial chega a Paris sem qualquer título na época, já que o último foi precisamente Roland Garros 2024.

DE VOLTA A ROLAND GARROS 

“Viemos um pouco mais cedo para treinar, sabes, e para já estarmos aqui, porque adoro este lugar. Claro que estou feliz por estar de volta. Toda a gente sabe que tenho boas memórias do ano passado, por isso estou a tentar aproveitar.”

MELHOR ATITUDE E MAIOR INTENSIDADE

“Depois de Roma, tive muito tempo para pensar na forma como joguei e na minha atitude. Por isso, claro que me concentrei em mudar algumas coisas e também em ter mais intensidade, porque sinto que não estou a começar os jogos da melhor forma. Mas sim, estas são coisas que qualquer atleta precisa de trabalhar. Diria que às vezes é mais fácil e outras vezes mais difícil. Cheguei a um ponto em que sabia que tinha de mudar algo na minha atitude e talvez ter um pouco mais de energia antes dos jogos. Por isso sim, acho que chegar a essa conclusão, aceitá-la e compreendê-la ajudou-me bastante, mas sem dúvida que o principal trabalho que terei agora nos jogos é mudar isso um pouco. Mas no treino tenho jogado muito bem. O meu ténis está bom, por isso só tenho de o aplicar nos jogos.”

MUDANÇAS PARA PARIS 

“Bem, não é assim tão complicado. Sabes, estratégia e tática, estás a trabalhar contigo própria. Não é como se tivesses táticas fixas, mas claro que quero ser mais positiva em relação ao que estou a fazer e não me focar demasiado nos erros. Quero ser mais corajosa.”

LUGAR FAVORITO EM ROLAND GARROS 

“Adoro jogar ténis aqui. Sinto-me bem aqui. E fora do court, sinto-me em casa. Tenho os meus lugares e rotinas. É divertido. Por isso diria que tudo isso. Gosto de voltar aqui. É difícil escolher só um. Não é como se pudesse sair e passear tranquilamente. Mas antes, sabes, quando ainda não era tão popular aqui… Acho que todo o caminho até ao Simonne Mathieu e os courts à volta, quando os construíram, fiquei maravilhada e apaixonei-me logo. Só joguei dois jogos lá, mas foi muito divertido e bonito. Os jardins botânicos tornam tudo muito especial, e nenhum outro Grand Slam tem algo assim. É incrível.”

SER MENOS AUTOEXIGENTE

“Não acho que seja possível não ser perfeccionista, mas certamente há formas de o controlar um pouco mais. Ultimamente, quando cometia alguns erros em campo, focava-me demasiado neles. Pensava que estava a trabalhar nisso, mas era mais como ficar presa a isso, e precisava de me aperceber por mim própria, mesmo que a minha equipa me dissesse que estava a acontecer. Não sei, simplesmente pensava que estava a trabalhar nisso, e que essa era a forma certa. O perfeccionismo tem sido um pouco mais difícil nas últimas semanas, mas sinceramente não é a primeira vez. É apenas a primeira vez que provavelmente falo tanto sobre isso, porque toda a gente me pergunta, por isso estou a trabalhar nisso. É um processo constante”

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.