Histórico treinador de Djokovic fala no recorde inalcançável e arrisca duração da carreira

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 29, 2023

Poucas pessoas conhecem Novak Djokovic tão bem como Nikola Pilic, um dos históricos treinadores do sérvio na fase inicial da carreira. O croata vai-se mantendo por perto do número um do Mundo e mostra-se rendido aos feitos do seu antigo jogador, destacando quanto tempo acredita que Nole vai permanecer ao mais alto nível, bem como uma marca que vê impossível de alcançar.

DEBATE DO GOAT ENCERRADO

Tenho repetido isto desde o último ano, mas Nole é o GOAT e vou dizê-lo até que toda a gente o diga também. Dos 20 ou 21 torneios que joga por ano, cinco ou seis joga na sexta mudança. Nem importa quem está do outro lado. Djokovic mostrou que continua por cima de Alcaraz e Sinner, principalmente pela sua fortaleza mental e confiança em si mesmo. Continuo a dizer que há dois recordes que são inalcançáveis: os 14 títulos de Nadal em Roland Garros e as 400 semanas de Novak no primeiro lugar, que serão 410 até ao Australian Open. Vejo ténis há 65 anos e esse é o recorde de todos os tempos.

QUANTO MAIS TEMPO DURA

Depende da sua saúde. Na minha opinião, se Djokovic não se lesionar, terá mais dois anos ao nível máximo. Pode estar dois anos mais entre os cinco melhores do Mundo. Não importa se é segundo ou quarto, o importante é estar lá. Conhecendo-o a ele e ao seu profissionalismo e desejo, é muito provável que sejam mais dois anos, mas só o Novak sabe.

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RECORDE DE TÍTULOS DE JIMMY CONNORS

Esse recorde não é importante para mim. Conheço o Connors e ganhei-lhe uma vez em Filadélfia, mas ele ganhou 90% dos seus títulos em torneios 250 nos Estados Unidos. O nível de ténis na altura não se pode comparar com o de hoje. O que diz muito é que o Novak é melhor nas seis categorias que contam. Isso é o que se vê, os números dizem tudo.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt