Henrique Rocha: «Espero um dia poder jogar em palcos ainda maiores»

Por Luísa Palmeira - Abril 4, 2023

Henrique Rocha disse hoje adeus ao Millennium Estoril Open, mas deixou bem claro que tem muito ténis para dar. Após o encontro, Henrique falou aos jornalistas e fez a análise de um encontro, que muitos não esperavam ser tão equilibrado, já que tinha pela frente o 43.° do mundo:

Acho que foi um primeiro set que teve muitos jogos em vantagens, principalmente no início, foi muito tremido para os dois lados. Senti que o facto de ele não me conhecer deu-me alguma vantagem para conseguir fugir um bocadinho no resutado. Tive alguns pontos de break logo no primeiro jogo de resposta. Infelizmente não consegui aproveitar muito bem, e depois ele conseguiu no jogo a seguir saltar para cima de mim, e foi isso que depois fez a diferença até ao final do set. Ele serviu melhor e conseguiu aguentar sempre, apesar de mais um ou dois break points. Mas acho que não foi um jogo muito desequilibrado, a fundo de court estava a 50-50 e ele nos momentos decisivos de facto jogou melhor que eu, foi muito mais sólido, teve muitas bolas que eu não estava à espera que entrassem mas entrava sempre um bocadinho, mas por isso é que ele é o actual 49 do mundo e espero um dia chegar lá mas ainda tenho muito trabalho para fazer.

Balanço positivo apesar da derrota

Fico sempre muito chateado com a derrota, mas acho que ninguém gosta de perder< mas fiz dois bons jogos no qualifying, hoje também fiz um bom jogo apesar de não tão bem conseguido nos momentos importantes, mas um balanço positivo neste primeiro Millennium Estoril Open.

A experiência de jogar aqui, em casa, com este público todo nas minhas costas é incrível. E agradecer a todo o público que esteve presente, porque realmente faz a diferença nos momentos em que me sinto ir abaixo, eles puxam sempre por mim, e dá-me ali um bocadinho de extra para estar motivado, e continuar a jogar e na luta. Mas é uma boa primeira experiência para palcos grandes e espero um dia poder jogar em palcos ainda maiores.

E agora, o voltar aos ITF e começar os Challenger?

Tenho de olhar para todos os jogos como um jogo, e independentemente de ser contra o numero 40, 100 ou 500 do mundo, tenho de entrar focado no meu nivel e melhorar o meu nivel, e é nisso que estou focado neste momento, seja os palcos que forem estou pronto para a batalha.

A novidade dos Media, e os novos fãs e muitos pedidos de autógrafos 

Diria que isso é a parte ainda mais complicada de processar. Acho que até me estou a sair bem, às vezes é um bocadinho desconfortável, principalmente antes do jogo, estou a ir concentrado e depois pedem-me um autógrafo e às vezes nem sei se a minha reação é muito boa mas espero que tenha conseguido dar autógrafos a toda a gente e que todos tenham ficado contentes.