Henrique Rocha confessa: «Gostava muito de um dia ganhar o torneio aqui na Maia»
Henrique Rocha não foi feliz em court esta quinta-feira e disse adeus ao último torneio do ano, disputado no Complexo de Ténis da Maia, uma “casa” que lhe diz muito e na qual viveu momentos que guardará para toda a vida.
Depois de conquistar o segundo título Challenger da carreira, aos 21 anos, em Yokohama, no Japão, há pouco mais de duas semanas, o português ficou infelizmente pelo caminho na 2.° ronda do Maia Open, ao perder por 7-6(2) e 6-2 frente a Alexei Vatutin, deixando a competição de singulares “órfã” no que diz respeito à representação lusa.
No final do encontro, Rocha entregou o mérito total ao seu adversário, mostrou-se muito lúcido na abordagem ao encontro e falou sobre o que tem de melhorar para a próxima temporada.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
“Tenho que lhe dar muito mérito porque conseguiu, de facto, quebrar a maior parte dos meus padrões e, de certa forma, deixar-me desconfortável. Fui tentando ajustar-me, mas foi difícil e tentei lutar até o fim porque pensava que ele ainda ia dar uma borla ou outra, mas acima de tudo tenho que estar contente e olhar para este jogo como um jogo positivo porque dá-me mais algumas debilidades que às vezes não são tão fáceis de ver quando ganhamos os jogos. É olhar para isso e continuar a trabalhar.”
ANÁLISE MAIS CRITERIOSA
“Hoje sem dúvida alguma que ele respondeu melhor do que eu estava à espera. Eu também fui falhando mais serviços, principalmente a percentagem de primeiros não esteve tão boa, que foi algo que eu trabalhei tanto ao longo do ano e foi algo que melhorei bastante ao longo do ano, mas que ainda não está com a consistência que eu quero. Acho que cada vez mais há muitos jogos em que eu já vejo o serviço como uma arma e hoje não o fui, é preciso continuar cada vez mais a trabalhar no serviço porque confio mesmo que pode vir a ser uma arma e posso usar o serviço como uma primeira pancada para depois conseguir sim pegar a direita e estar confortável no ponto. Agora tenho a pré-época, por isso é algo que eu vou tentar implementar desde amanhã.”
Henrique Rocha é surpreendido por lucky-loser nos “oitavos” e está fora do Maia Open
A MAIA COMO LUGAR ESPECIAL
“É incrível todos os dias chegar aqui à Maia e ter toda a gente a cumprimentar-me. Todos me conhecem. É sempre um ambiente incrível e as pessoas recebem muito bem. Sem dúvida alguma que gostava de um dia ganhar aqui o torneio, não sei se irei jogar nos próximos anos. Agora resta-me pensar na pré-época e preparar o início do próximo ano o melhor possível.”
MOMENTO MAIS ALTO DE 2025
“Roland-Garros. É a resposta mais óbvia. Obviamente que chegar ao quadro principal foi incrível, mas acho que a passagem pelo ‘qualy’ foi o momento mais emotivo da minha carreira.”
MIRA APONTADA PARA 2026
“Tenho tanta coisa para melhorar e acima de tudo é isso em que quero focar. O top 100 continua a estar na minha cabeça. É lá que eu quero chegar, mas há muito trabalho pela frente. Ainda estou longe, são muitos pontos, muitos jogos, muitos dias de trabalho, por isso é preciso ter os pés na terra e trabalhar ao máximo.”
Leia também:
- — Alcaraz rendido a Fonseca: «O que fez este ano é impressionante»
- — Tritália! Cobolli vence batalha e dá terceira Taça Davis seguida a Itália
- — Alcaraz: «Quero completar o Grand Slam de carreira na Austrália»
