Henrique Rocha confessa: «Gostava muito de um dia ganhar o torneio aqui na Maia»

Por Tomás Almeida - Novembro 27, 2025
Rocha
Rocha Belem Open

Henrique Rocha não foi feliz em court esta quinta-feira e disse adeus ao último torneio do ano, disputado no Complexo de Ténis da Maia, uma “casa” que lhe diz muito e na qual viveu momentos que guardará para toda a vida.

Depois de conquistar o segundo título Challenger da carreira, aos 21 anos, em Yokohama, no Japão, há pouco mais de duas semanas, o português ficou infelizmente pelo caminho na 2.° ronda do Maia Open, ao perder por 7-6(2) e 6-2 frente a Alexei Vatutin, deixando a competição de singulares “órfã” no que diz respeito à representação lusa.

No final do encontro, Rocha entregou o mérito total ao seu adversário, mostrou-se muito lúcido na abordagem ao encontro e falou sobre o que tem de melhorar para a próxima temporada.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

“Tenho que lhe dar muito mérito porque conseguiu, de facto, quebrar a maior parte dos meus padrões e, de certa forma, deixar-me desconfortável. Fui tentando ajustar-me, mas foi difícil e tentei lutar até o fim porque pensava que ele ainda ia dar uma borla ou outra, mas acima de tudo tenho que estar contente e olhar para este jogo como um jogo positivo porque dá-me mais algumas debilidades que às vezes não são tão fáceis de ver quando ganhamos os jogos. É olhar para isso e continuar a trabalhar.”

ANÁLISE MAIS CRITERIOSA

“Hoje sem dúvida alguma que ele respondeu melhor do que eu estava à espera. Eu também fui falhando mais serviços, principalmente a percentagem de primeiros não esteve tão boa, que foi algo que eu trabalhei tanto ao longo do ano e foi algo que melhorei bastante ao longo do ano, mas que ainda não está com a consistência que eu quero. Acho que cada vez mais há muitos jogos em que eu já vejo o serviço como uma arma e hoje não o fui, é preciso continuar cada vez mais a trabalhar no serviço porque confio mesmo que pode vir a ser uma arma e posso usar o serviço como uma primeira pancada para depois conseguir sim pegar a direita e estar confortável no ponto. Agora tenho a pré-época, por isso é algo que eu vou tentar implementar desde amanhã.”

Henrique Rocha é surpreendido por lucky-loser nos “oitavos” e está fora do Maia Open

A MAIA COMO LUGAR ESPECIAL

“É incrível todos os dias chegar aqui à Maia e ter toda a gente a cumprimentar-me. Todos me conhecem. É sempre um ambiente incrível e as pessoas recebem muito bem. Sem dúvida alguma que gostava de um dia ganhar aqui o torneio, não sei se irei jogar nos próximos anos. Agora resta-me pensar na pré-época e preparar o início do próximo ano o melhor possível.”

MOMENTO MAIS ALTO DE 2025

“Roland-Garros. É a resposta mais óbvia. Obviamente que chegar ao quadro principal foi incrível, mas acho que a passagem pelo ‘qualy’ foi o momento mais emotivo da minha carreira.”

MIRA APONTADA PARA 2026

“Tenho tanta coisa para melhorar e acima de tudo é isso em que quero focar. O top 100 continua a estar na minha cabeça. É lá que eu quero chegar, mas há muito trabalho pela frente. Ainda estou longe, são muitos pontos, muitos jogos, muitos dias de trabalho, por isso é preciso ter os pés na terra e trabalhar ao máximo.”

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A minha paixão pelo ténis começou aos 10 anos e desde então tem crescido dia após dia. Já deixou de ser um mero desporto para mim, enquanto consumidor de tudo um pouco, ... bem, talvez nunca tenha sido... Estou aqui para continuar a ser surpreendido e a aprender com algo único e incomparável como o ténis. Hoje em dia não me consigo imaginar a viver sem a bola amarela no canto do olho. Quero seguir neste mundo e fazer dele o meu futuro, crescendo com todas as aprendizagens adquiridas a partir de valiosas experiências. Continuem desse lado!