Há 10 anos, Nadal dominava o mundo do ténis: recorde a temporada épica

Por Tiago Ferraz - Agosto 6, 2020
rafa-nadal-2010

O Bola Amarela foi à procura de reavivar a memória de todos os nossos leitores e nesse sentido ‘viajou’ 10 anos no tempo para fazer um artigo que procura evidenciar as conquistas e tudo aquilo que foi a temporada de 2010 no circuito profissional por parte de Rafa Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic.

2010 foi um ano quase perfeito para Rafael Nadal. O tenista maiorquino entrou nesse ano como número dois mundial, mas deu provas de que, na época, não existia ninguém melhor do que ele. Ainda assim, a temporada não começou da melhor forma para o espanhol. Nadal desistiu do Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada devido a uma contusão nos joelhos. Após essa desistência, Nadal esteve presente nas meias-finais dos Masters 1000 de Indian Wells (onde perdeu para o atual treinador de Federer Ivan Ljubicic) e Miami onde foi derrotado pelo norte-americano Andy Roddick.

Depois disso, Rafa Nadal começou a ganhar ritmo e a partir do início da temporada de terra batida tudo mudou… O espanhol elevou os índices de dedicação e venceu o primeiro troféu da temporada no Masters 1000 de Monte Carlo (sexto da carreira em Monte Carlo) perante Fernando Verdasco numa final que foi completamente dominada por Nadal, que venceu em dois sets por 6-1 e 6-0.

Seguiram-se os títulos nos Masters 1000 de Madrid no qual bateu o suíço Roger Federer na final com parciais de 6-4 e 7-6(5) e voltou a ser feliz, desta vez em Roma, ao conquistar o seu terceiro título Masters 1000 da temporada ao bater o compatriota David Ferrer, em dois sets, por 7-5 e 6-2.

El Toro chegava afinado a Roland Garros e foi sem surpresa que no final do segundo Grand Slam da temporada, o tenista espanhol voltou a ser rei na terra batida ao vencer o torneio de Roland Garros pela quinta vez na carreira: nesse ano, Nadal derrotou o sueco Robin Soderling, em três sets, por 6-4, 6-2 e 6-4. No ano anterior, Nadal perdeu com o mesmo oponente naquela que foi a primeira derrota de sempre do espanhol em Roland Garros.

Depois de todo o sucesso no pó de tijolo chegou a temporada de relva…E Nadal voltou a ter motivos para sorrir. Numa altura em que o espanhol não era favorito à vitória no emblemático torneio de Wimbledon, Nadal surpreendeu e tocou o céu na catedral do ténis pela segunda vez na carreira depois de vencer o checo Tomas Berdych na final: 6-3, 7-5 e 6-4 foram os números daquela que foi, até hoje, a última conquista na relva de Wimbledon para o maiorquino.

E como não há duas sem três…Nadal venceu outra vez: desta vez o palco foi o US Open. O tenista maiorquino de 24 anos, número um mundial na época, bateu Novak Djokovic com um resultado de 6-4, 5-7, 6-4 e 6-2 para vencer o seu primeiro título no torneio norte-americano e confirmar o feito do Grand Slam de carreira (já tinha vencido os quatro Grand Slams).

O ano de 2010 não ficaria completo sem mais um título (o sétimo da temporada): o ATP 500 de Tóquio onde Rafael Nadal venceu o francês Gael Monfils.

A temporada do espanhol terminaria, sem surpresa, na final das ATP Finals, mas aí foi o suíço Roger Federer quem levou a melhor: Federer venceu por 6-3, 3-6 e 6-1.

Em 2010, Roger Federer conseguiu evitar que Nadal vencesse os quatro títulos do Grand Slam no mesmo ano ao conquistar o Australian Open pela quarta vez na carreira depois de vencer o britânico Andy Murray na grande final.

Depois da conquista do Australian Open, Roger Federer venceu ainda o Masters 1000 de Cincinnatti pela quarta vez na carreira quando bateu o norte-americano Mardy Fish, em três partidas, por 6-7(5), 7-6(2) e 6-4. Seguiram-se as conquistas no ATP 250 de Estocolmo e no ATP 500 de Basileia. Como já vimos, o ano de Federer terminou da melhor maneira possível uma vez que, neste ano, bateu Rafael Nadal na final das ATP Finals para coroar uma temporada que, ainda assim, esteve aquém das expectativas de um tenista do calibre de Federer.

Já Novak Djokovic foi o menos produtivo do Big Three nessa temporada uma vez que, aos 23 anos, conquistou ‘apenas’ dois títulos, ambos de categoria 500, no Dubai e em Pequim.

Em dez anos muita coisa mudou, mas há algo que vai durar para sempre: estes três monstros da modalidade vão ser recordados até à eternidade!

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.