Gastão Elias: «Sabia que se continuasse naquela lengalenga não ia longe»

Por admin - Fevereiro 3, 2017

Se quem diz a verdade não merece castigo, Gastão Elias sai deste primeiro dia de eliminatória frente a Israel totalmente ilibado de qualquer culpa. O número dois nacional admitiu sem qualquer tipo de recato, na conferência de imprensa que se seguiu aos embates desta sexta-feira, que entrou no seu duelo com Dudi Sela demasiado “apático”.

“Entrei a dormir e a este nível paga-se caro”. A fatura que o jogador da Lourinhã teve de pagar foi pequena, já que o acordou mais do que a tempo de dar a volta ao resultado e dar o segundo ponto a Portugal, depois de João Sousa ter conquistado o primeiro. “Tenho mais armas do que ele neste tipo de piso, sabia que era uma questão de tempo até passar para a frente no marcador”.

“Jogar a cinco sets é diferente de jogar a três sets, pode ser uma maratona. Entramos mais tranquilos. Sabemos que pode demorar muito tempo, e entrei devagar, mas não entrei em pânico, sabia que podia dar a volta”, acrescentou, salientado a importância de ter a companhia do capitão no banco.

“O Nuno [Marques] percebeu que eu não estava nos melhor momentos, precisava de dar a volta ao encontro mentalmente, ele teve paciência, e é preciso muita paciência para me ver jogar ao nível que joguei no primeiro set”, frisou Elias, destacando a “alteração de atitude” após a primeira partida, em que atirou, inclusive, a raquete ao ar, fez a diferença.

“Arranjei forma de me ativar. Uma das estratégias foi com o capitão deles, aproveitei que ele falou para a juiz de linha, usei isso como fósforo. Já não tenho catorze [anos], manda raquete ao ar ou não manda é igual. Tenho alguma maturidade, sei o que tenho de fazer para dar a volta a estes momentos”, concluiu Elias, que regressa ao court esta sábado para o encontro de pares, ao lado de João Sousa.