Garín diz-se prejudicado pelo ‘novo’ ranking: «Espero que mudem»

Por José Morgado - Agosto 11, 2020
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Cristian Garín foi uma das grandes figuras do início da temporada. O chileno de 23 anos estreou-se no top 20, ganhou dois títulos — um dos quais o seu primeiro ATP 500 — e até parecia bem lançado nas contas da qualificação para as ATP Finals de Londres, quando a pandemia apareceu. Agora, o antigo júnior de topo, que ocupa o 18.º posto do ranking mundial, é um dos grandes prejudicados pelo novo sistema pontual (e ranking ATP).

As novas diretrizes fazem com que os tenistas só percam os pontos alcançados a partir de março de 2019 dois anos depois, o que faz com que os jogadores que estiveram muito bem nos primeiros meses de 2020 sejam prejudicados, como é o caso de Garín. Por exemplo, os 500 pontos que Garín ganhou no Rio 2019 ficam no seu ranking apenas durante um ano, mas os 2000 que Rafael Nadal ganhou no US Open 2019 ficam por lá… dois anos inteiros.

Muito se tem falado sobre isso nas últimas semanas e a verdade é que não entendi muito bem aquilo que eles quiseram fazer. Eu acho que a decisão que eles tomaram não foi a mais apropriada para todos, já que muitos jogadores, nos quais me incluo, saem prejudicados. Com todos os cancelamentos de torneios e tudo aquilo que aconteceu, acho que eles vão repensar. Espero que o ATP Tour mude isso, mas não acho que vá fazer neste momento, em que a prioridade é o US Open. Muita coisa vai depender desse torneio”, confessou durante uma longa entrevista ao jornal ‘La Tercera’ do Chile.

O chileno assume que os seus objetivos para o que falta de 2020 mudaram um pouco. No início, meu objetivo era chegar ao top 10, mas agora com estas mudanças nos rankings já não penso nisso. Agora o sistema de classificação é diferente e isso prejudica-me. O meu objetivo no momento é competir, melhorar semana após semana e acho que estou a fazer isso.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com