Ganhar dois títulos do Grand Slam e não acabar como número um? Nadal não é o único

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 16, 2022

Como é que se ganha dois títulos do Grand Slam e não se acaba a temporada como número um do Mundo? Rafael Nadal que o diga, já que os títulos no Australian Open e em Roland Garros não foram suficientes para terminar à frente de Carlos Alcaraz. No entanto, o maiorquino não é caso único, uma vez que isso já aconteceu em outras oito vezes na história.

John Newcombe foi o primeiro em 1973, ao vencer na Austrália e em Nova Iorque apenas para terminar atrás de Ilie Nastase. Em 1977, Guillermo Vilas venceu Roland Garros e US Open e ficou atrás de Jimmy Connors, sendo que no ano seguinte foi a vez de Bjorn Borg ceder para o norte-americano após vencer Roland Garros e Wimbledon. Em 1982, o próprio Connors acabou atrás de John McEnroe após conquistar Wimbledon e US Open, o mesmo que Boris Becker fez em 1989, cedendo para John McEnroe.

Avançamos para era do Big Three, com Novak Djokovic a fechar 2016 atrás de Andy Murray após vencer Australian Open e Roland Garros, enquanto Roger Federer viu Nadal terminar à sua frente em 2017 mesmo tendo ganho Australian Open e Wimbledon. Já em 2019, Djokovic venceu na Austrália e em Londres e ficou atrás de Rafa.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt