Fritz: «Por alguma razão os encontros do Kyrgios estão sempre cheios»

Por José Morgado - Dezembro 25, 2022
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Taylor Fritz, de 25 anos, acredita que o ténis precisa de mudar alguns dos seus aspetos mais tradicionais para atrair novos fãs para o circuito. O norte-americano, número 9 do Mundo, gostava que os jogadores pudessem ser mais genuínos e… ‘loucos’.

“Os fãs gostam de os jogadores sejam loucos. É claro que há limites. E os limites para mim são quando a loucura põe os outros em causa, a sua segurança e bem-estar. Não vejo problemas que os jogadores partam raquetas se estas não puserem em causa a integridade física de quem os rodeia. Por alguma razão os encontros do Nick Kyrgios estão sempre cheios. É claro que há limites, mas sinto que o ténis está constantemente a punir coisas que os fãs gostam e isso não atrai novas audiências”, disparou em entrevista ao ‘Clay Tenis’.

Fritz falou ainda um pouco mais sobre o facto de a base de fãs do ténis ser envelhecida. “Estou seguro de que a maioria das pessoas que me vai dizer que não gosta de ver jogadores partirem raquetas em court têm mais do que 50 anos. Respeito todos os fãs, mas essas pessoas mais tradicionais deveriam querer o melhor para a modalidade e eu acredito que o melhor para o ténis é ter fãs mais jovens. E os fãs mais jovens querem emoção e drama”, assegurou.

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Fritz defendeu ainda a posição de Mardy Fish, selecionador dos Estados Unidos, que não convocou Rajeev Ram para a Taça Davis. “É claro que poderíamos ter contado com o Ram como quinto elemento, porque tínhamos um lugar a mais, mas isso pressionaria o Fish a utilizá-lo em pares e nós continuamos convencidos que o Jack Sock e o Tommy Paul eram a dupla mais indicada para condições de hard court muito lento”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com