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Frederico Marques: «Um encontro competitivo vamos ter de certeza»
Há quem diga que de Espanha não vem bom vento nem bom casamento, mas João Sousa mostrou exatamente o contrário ao enviar para Portugal esta segunda-feira uma grande e merecidíssima vitória frente ao polaco Jerzy Janowicz (6-4, 7-5), na primeira ronda do Masters 1000 de Madrid.
O polaco de 24 anos, 47.º do ranking mundial, levou a melhor sobre o vimaranense nos últimos três embates que disputaram, mas, desta feita, o número um nacional não esteve com meias medidas e, sob o forte apoio de alguns portugueses que se fizeram ouvir nas bancadas, alinhou uma exibição de luxo a caminho da segunda ronda.
Um triunfo que não podia ter deixado o seu treinador mais satisfeito. “Conseguimos manter o nível tanto no primeiro como no segundo sets. É uma grande vitória, estamos muito contentes”, começou por dizer Frederico Marques ao Bola Amarela logo após o encontro. “Jogámos contra um adversário que não gosta de dar ritmo, que não deixa jogar, mesmo não sendo esta a sua melhor superfície”, acrescentou.
“Viu-se um João um pouco mais calado, mas ponderado, a fazer as suas rotinas. Consguiu manter a estabilidade emocional mesmo quando teve break points contra. Aquela euforia e instabilidade que às vezes se veem foram controladas”, analisou o técnico do vimaranense.
O próximo adversário do jogador de 26 anos, 56.º da tabela classificativa, é nada mais, nada menos do que Stanislas Wawrinka. O treinador do melhor português de sempre confessou já ter adiantado trabalho, ao estudar o adversário antes do encontro da primeira ronda. “Já fiz o meu trabalho de casa, já sei por onde vamos atacar os pontos menos fortes do adversário”.
“Vamos jogar com um dos melhores do mundo, mas o João vai com um ritmo de jogo superior. Estou com boas perspetivas para o encontro. Penso que vai ser um excelente encontro. Não sei se a vitória vai ser possível, mas um encontro competitivo de certeza que vamos ter”.
Com o embate a acontecer em plena sessão noturna no court Manolo Santana, nunca antes das 8h30 portuguesas, Frederico Marques acredita que as condições mais lentas favorecem o seu pupilo. “À noite, com a humidade, a bola fica mais pesada e, com estes adversários, que gostam de acabar o ponto em duas três pancadas, o João pode tirar vantagem”.
O suíço tem apenas dois encontros disputados em terra batida esta temporada, em Monte Carlo, sendo que leva vantagem no confronto direto com o jogador de Guimarães. Os dois mediram forças na primeira ronda em Wimbledon, no ano passado, e a vitória caiu para o lado do número nove do mundo, em três partidas.
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