Frederico Marques e o duelo com Nadal: «O torneio não acabou, queremos mais»

Por José Morgado - Julho 7, 2019
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Frederico Marques, treinador de João Sousa, mostrou-se este domingo muito contente com o excelente torneio de Wimbledon que o seu tenista tem feito, mas alinha pelo diapasão do vimaranense: o torneio do número um nacional ainda não acabou.

“Foram dias de competição exigentes, mas estamos contentes por ter superado já três desafios ao mais alto nível na variante de singulares. O torneio ainda não acabou e continuamos a acreditar que podemos continuar a bom nível e competitivos para lutar por mais uma vitória”, confessou o técnico luso.

Fred lembra que nos últimos quatro Grand Slams, Sousa chegou ao top 16 em dois. “Um dos principais objectivos do ano passava por voltar a manter presença nos 16 melhores do mundo num Grand Slam e tal já foi alcançado. Já foram duas vezes nos últimos quatro Grand Slams, estamos contentes mas volto a dizer que queremos mais. Estamos a jogar a muito bom nível e fisicamente estamos bem. “

O minhoto de 30 anos projeta ainda o embate desta segunda-feira diante de Nadal, em pleno Court Central, e falou sobre a lentidão do court. “Vai ser um encontro exigente, um encontro muito físico. Ainda nunca jogámos no campo central este ano em Wimbledon e esperamos que as sensações continuem boas. Dizem que está bastante mais lento que os restantes campos. Vamos ver durante o encontro. Vamos ter pela frente um adversário habituado aqueles palcos, já jogou lá este ano. Será importante entrar bem no marcador, entrar bem no encontro. Principalmente nos primeiros seis jogos do encontro. Taticamente sabemos como jogar resta poder aplicá-lo durante o máximo de tempo possível”.

A chave pode muito bem estar em… acreditar. “O mais importante de tudo passa por acreditar que é possível a 100%. Muitos destes adversários top 10 já entram a ganhar mentalmente quando competem com adversários de ranking inferior. Estes encontros começam a ser vencidos ou pelo menos igualados no dia anterior. Caso contrário os tops 10 nem precisam de jogar ao mais alto nível para vencer. Acreditar realmente que é possível e entrar na cabeça dos melhores tem acontecer. Respeitar como pessoa mas pouco mais que isso”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt