Francisco Cabral após mais um título: «Há que ‘surfar a onda’ sem ficar demasiado satisfeitos»

Por José Morgado - Setembro 23, 2025
cabral-miedler

Francisco Cabral conquistou esta terça-feira o quarto título ATP da sua carreira — segundo em 2025 e primeiro da sua vida em piso rápido — e no final do encontro revelou ao nosso site… como se sente. O portuense de 28 anos está contente com o nível, com os resultados mas assegura que não vai acomodar-se.

“O nível está lá. Estamos a jogar muito bem, com muito boa dinâmica e isso traz vitórias. É o segundo título deste ano e esperemos que não seja o último. Vai ser difícil, o nível a partir de agora é muito elevado. Vamos jogar Tóquio e Xangai antes dos indoors da Europa. O objetivo é continuar a manter este nível. Com este nível e entrega temos hipóteses contra todas as duplas. Nos pares podes perder com todos e ganhar a todos. Não dá para relaxar. Há que continuar a trabalhar e a querer melhorar. Quando não melhoramos, os outros melhoram e essa é a nossa motivação. Há que ‘surfar a onda’ sem ficar demasiado satisfeitos. No ténis tudo muda muito rápido e não tens tempo para festejar, como é o caso de hoje. Já vamos ter de ir para Tóquio, mas é para uma excelente razão e fico bem com isso”, contou-nos o melhor tenista português de pares… de todos os tempos.

Francisco Cabral brilha e conquista quarto título ATP da carreira em Hangzhou

A dupla Fancisco Cabral e Lucas Mielder é 13.ª na Corrida para as ATP Finals de Turim e não esconde que esse objetivo está no sub-consciente, mas o mais importante é mesmo trabalhar, dia a dia e semana a semana. “Estamos cientes de que estamos perto mas ao mesmo tempo longe. É importante não pensar muitos nos números e seguir a linha de trabalho e entrega. Com isso vêm os resultados. Depois, se der para qualificar, ou para ir como alternate, ou nem sequer der para ir… ao menos que sentimos que demos tudo”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com