Francisco Cabral a uma vitória do top 100: «Não desvalorizo, mas quero mais»

Por José Morgado - Abril 27, 2022
cabral

Francisco Cabral, número um nacional de pares, colocou-se esta quarta-feira a uma vitória do top 100 ATP da variante, depois de se apurar para os quartos-de-final do Millennium Estoril Open com uma primeira vitória de carreira no circuito ATP ao lado de Nuno Borges. No final do encontro, estava naturalmente contente com o feito.

PREPARAR APENAS UM MATCH TIE-BREAK

“Tentei não falar muito com o Nuno sobre os pares porque ele tinha um singular, mas conversei com o Rui sobre aquilo que tínhamos de melhorar.”

MOMENTO MAIS IMPORTANTE?

“Pelo menos para mim em termos emocionais a Taça Davis está num patamar ainda acima, mas a primeira vitória ATP diante dos melhores jogadores que já defrontámos é sem dúvida especial, tanto para mim como para ele.”

A UMA VITÓRIA DO TOP 100

“Não desvalorizo mas quero bastante mais do que isso. Top 100 é objetivo redondo, mas estando aqui num torneio ATP a meta é mais alta do que isso. São muitos pontos em jogo e queremos ganhar o mais possível.”

SOFREU A VER O AMIGO EM SINGULARES

“Estive a sofrer por uma pessoa que é especial para mim. Deixei-o na dele, mas fui treinar e ele mostrou uma enorme disponibilidade como sempre para o par e foi comigo para o court e estivemos a treinar até ao momento em que o encontro começou. Isso notou-se porque entrámos muito bem.”

PROPOSTAS DE OUTROS JOGADORES

“Tenho recebido algumas mensagens e propostas para fazer uma programação de mês, mês e meio, mas neste momento sinto que ainda agora comecei e tenho muito para aprender. Ainda nem sei o que quero fazer nem onde posso entrar. Ainda não consigo fazer um planeamento tão longínquo. Tudo o que eu ganhar agora pode mudar o meu calendário.”

SUCESSO AO LADO DE OUTROS JOGADORES

“Confio em mim, nas minhas capacidades, no meu momento de forma. Mas sempre tive muitos mecanismos com o Nuno e isso no início do ano notou-se. Não sabia muito bem o que esperar do parceiro. Em Oeiras voltei a recuperar mecanismos e as últimas semanas têm sido consequências disso.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com