Francisca Jorge: «Este break final foi indispensável, estou por cima»

Por José Morgado - Abril 14, 2021
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FOTO: Sara Faclão

Francisca Jorge, tetracampeã nacional em título, de 20 anos, parecia a caminho de uma das melhores vitórias da sua carreira esta terça-feira em Oeiras, quando o seu encontro foi suspenso por causa da chuva, já depois das 20 horas no Jamor. A vimaranense de 20 anos faz um balanço positivo daquela que foi a primeira parte deste encontro diante da holandesa Richel Hogenkamp.

“Entrei bastante bem, a procurar jogar o meu jogo. Consegui fazer as minhas coisas, mas no segundo set ela tornou-se mais consistente, não falhou tanto e eu acho que senti um bocadinho o momento quando tive break acima. Estava por cima e forcei demasiado. Comecei a duvidar um bocadinho de mim e das minhas pancadas”, confessou Kika, que garante não se ter enervado por perceber que só seria possível jogar dois sets no Centralito. “Não me stressou saber que não podíamos jogar o terceiro set no Central. Óbvio que pensei um pouco nisso, estava positiva de que poderia fechar em dois sets, mas a partir do 3-4 senti que tinha de me agarrar ao set porque não sabia aquilo que ia acontecer. Veio-me à cabeça mas não me prejudicou.”

Francisca falou ainda da mudança de court (o terceiro começou a ser disputado no Court 11). “Foi muito estranho, foi a primeira vez que mudei de court. Estou habituada a jogar naqueles campos, não tive nenhum problema em jogar lá e estava mais bem familiarizada com o campo. Acho que isso deu-me um bocadinho de vantagem e ter feito o break no último jogo foi indispensável para amanhã começar melhor. Não queria parar, mas não fazia sentido continuar com aquela chuva. Estou por cima e amanhã é um novo dia.”

Kika acredita que a sua rival não apresentará grandes mudanças para o que ainda falta do encontro. “Ela já mudou um bocadinho a tática e penso que agora não vai mudar muito face ao que fez nos últimos minutos. Eu posso procurar entrar mais tranquila, já me sinto mais por dentro do que ela pode fazer e é tentar entrar bem, tranquila, ser agressiva e é isso que me estava a dar pontos.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt