Feliciano Lopez: «Não vejo ninguém capaz de lutar com Sinner e Alcaraz a curto prazo»

Feliciano Lopez é o atual diretor da Taça Davis e numa conversa com a imprensa espanhola em Bolonha fez um balanço da prova até ao momento.

O antigo jogador considera que este formato tem pernas para andar, apesar de haver vozes como a de Jannik Sinner que pede uma competição bianual e falou também da rivalidade entre Carlos Alcaraz e o italiano, considerando que não acredita que alguém se meta no caminho de ambos nos próximos tempos.

RIVALIDADE ENTRE ALCARAZ E SINNER

Os números falam por si só. Eu não tenho uma bola de cristal, mas se me perguntares hoje, a curto prazo… não vejo que isso vá mudar. Não vejo um ou vários jogadores capazes de lhes disputar os grandes títulos e o número um do mundo, o trono do ténis mundial. Daqui a três anos? Talvez apareça um Sinner da Eslovénia ou um Alcaraz de outro país. Ninguém o sabe… mas vejo, sim, uma diferença abismal entre eles os dois e os restantes. Demasiado grande: porque são demasiado bons, técnica, física e mentalmente, e a diferença está a aumentar com o passar do tempo, já que têm a capacidade de continuar a atualizar e a melhorar o seu ténis em todos os aspectos, enquanto outros não o conseguem. É o momento que o ténis vive: é justo dizer que temos muita sorte em tê-los aos dois. São duas personalidades diferentes, dois grandes embaixadores deste desporto.

FASE FINAL NA DAVIS É PARA CONTINUAR NA EUROPA

As Finais mantêm-se na Europa, o que acho importante: muitos dos jogadores vêm de Paris ou Turim. Viemos de Málaga, que considero ter sido um sucesso por muitos motivos, já que Málaga é uma cidade que cresceu muito e que tem muito para oferecer a um adepto de ténis que, além de ver jogar o seu país, pode aproveitar a estadia para outras coisas, Bolonha também oferece isso, tem muitas coisas além da competição e acho muito positivo estarmos aqui. O ténis italiano vive o melhor momento da sua história e não falo apenas do Sinner, porque o caso do Sinner é algo fora do normal, mas há muitos jogadores italianos que merecem o seu lugar. O ténis é agora muito popular em Itália: ao nível dos patrocínios, do interesse, os jovens vêm Jannik Sinner na televisão e tomam-no como ídolo… pouco a pouco, é um lugar ideal para que o ténis continue a crescer dentro do seu ecossistema.

TORNAR A DAVIS UMA PROVA BIANUAL?

Estamos abertos a continuar a ouvir as pessoas, sobretudo todas as partes envolvidas no mundo do ténis, para tentar, se for possível, melhorar. Não quer dizer que se tenha de jogar de dois em dois anos, mas estamos abertos a ouvir todos para que este formato seja o melhor possível. Acho que chegámos a um bom entendimento e ter outra eliminatória em Setembro, mais o formato de Finais a 8… em Málaga funcionou muito bem e aqui estou convencido de que será igual. O ténis italiano vive o melhor momento da sua história e estaremos aqui três anos com um formato que, acreditamos, está bem. Dito isto, continuamos abertos a ouvir toda a gente: é muitíssimo importante que haja boa colaboração entre todos para que a Taça Davis tenha o lugar que merece no mundo do ténis.

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