Federer: «Todos devemos ser tratados da mesma forma»

Por admin - Maio 27, 2015

O assunto era apenas entre Rafael Nadal e Carlos Bernardes, mas agora diz também respeito a todos aqueles que vão passando pela sala de imprensa em Roland Garros. Esta terça-feira, depois do maiorquino ter confirmado que solicitou ao ATP World Tour para não nomear o árbitro brasileiro Carlos Bernardes para os seus encontros, Novak Djokovic foi confrontado com o assunto pelos jornalistas, e hoje foi a vez de Roger Federer não poder fugir ao tema.

“Todos os jogadores devem ser tratados da mesma forma”, afirmou o suíço após confirmar a passagem à terceira ronda em Paris, com um triunfo em três partidas frente ao espanhol Marcel Granollers. Para Federer, nenhum jogador deve ter direito a tratamento especial, admitindo que “seria muito complicado” se cada jogador pedisse para o seu encontro não ter determinado árbitro.

“Talvez nesta situação haja árbitros suficientes, e isso não seja um problema para o ATP, ou mesmo para o árbitro ou jogador”, amenizou o jogador helvético, acrescentando que, no seu caso, tenta não dar importância ao árbitro nomeados para os seus embates, concentrando-se apenas no seu jogo.

“Jogámos centenas de encontros, tal como o Rafa, por isso é normal que te dês melhor com uns árbitros do que com outros. Não há problema se os árbitros não estão nos seus dias. Nós percebemos isso. O mesmo se passa connosco, também não estamos todos os dias de bom humor”.

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Federer e o português Carlos Ramos durante uma troca de argumentos em Wimbledon

Cuidadoso nas palavras, o número dois mundial confirmou ainda que as solicitações feita ao ATP são um procedimento normal entre os jogadores. “É a mesma coisa quando fazemos pedidos sobre quando queremos jogador. Os jogadores percebem que nem todos os pedidos podem ser aceites. Podes fazer um pedido, mas isso não significa que esteja garantido. No final, o torneio, o diretor do torneio, o ATP, o ITF, tanto faz, precisam de tomar uma decisão e os jogadores têm de aceitar ou então partir para o diálogo, que pode pacífico ou não”.

Wawrinka admite ter feito o mesmo que Nadal

Questionado sobre o mesmo assunto, Stanislas Wawrinka confessou que também ele já solicitou a dispensa de um árbitro dos seus jogos durante “um curto período de tempo”, mas não considera que seja uma medida para tomar de ânimo leve.

Um pedido deste tipo só deve ser concedido se o árbitro cometeu erros e não apenas porque não se gosta da pessoa. Não sei quais são as motivações do Rafa. Li em alguns artigos que estão relacionadas com a pressão que Bernardes impõe por causa do tempo”.

“Para mim, deviam ser mais rigorosos com os 25 segundos, e os árbitros não o são com todos os jogadores, porque eles gostam de estar nas meias-finais e finais dos torneios e sabem que se têm problemas com os melhores é difícil estarem nessas rondas. Os árbitros não são tão rigorosos no court central, com os melhores, como são quando estão no court 17”, concluiu o suíço.