Federer: «Parece-me óbvio que o Rafa e o Novak vão ganhar mais Grand Slams que eu»

Por Tiago Ferraz - Janeiro 16, 2020
federer-ao2020

O tenista suíço Roger Federer falou do número de Grand Slams do Big3 que é um assunto que tem estado em discussão desde que Rafael Nadal venceu o US Open e elevou o número de títulos do Grand Slam para 19, ficando apenas a um de Roger Federer.

Em conversa com o Tennis.com o tenista suíço lembrou que o mais importante para ele foi quando ultrapassou os 14 Grand Slams de Pete Sampras, anterior recordista, e diz que vai aparecer alguém que vai bater os recordes do ‘big 3’:

«Este assunto importa aos três até certo ponto. Para mim foi importante ultrapassar os 14 Grand Slams de Pete Sampras (…) A magia do momento foi que eu senti que estava a protagonizar algo histórico para a modalidade. Ter partilhado a carreira com o Rafa (Nadal) e Novak (Djokovic) foi uma sorte e penso que vamos deixar um legado para as gerações futuras. Vão ver que existiram três rapazes que estiveram a jogar e vencer depois dos 30 anos e isso é fantástico. Se há algo de que eu tenho a certeza é que nalgum dia, não sei quando, vai parecer gente melhor do que nós os três que vai bater os nossos recordes», disse. 

Roger Federer disse ainda que Novak Djokovic e Rafael Nadal vão ganhar mais títulos do Grand Slam:

«É óbvio que os dois (Nadal e Djokovic) vão vencer mais títulos do Grand Slam do que eu. São incrivelmente bons e o normal é que tenham mais anos a competir do que eu e, ao nível do que fizeram em 2019, faz-me estar convicto de que mais êxitos estão para vir», vincou suíço.

Roger Federer disse ainda que nunca pensou que os elementos do Big 3 fossem capazes de conquistar o que já conquistaram e disse ainda qual era o seu objetivo no início de carreira:

«No início da minha carreira sonhava em vencer um Grand Slam. Quando joguei pela primeira vez com o Novak (Djokovic) percebi que ele era muito bom e pensei que ele poderia ter uma boa carreira, mas nada comparado com o que já conseguido. E com o Rafa (Nadal) é igual. Pensei que ganharia três ou quatro vezes Roland Garros, mas o que conseguiu é incrível», concluiu.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.