Federer em longa entrevista: «Um dia jurei que não ia acabar a carreira todo rebentado»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 20, 2022
federer-wimbledonn

Roger Federer continua o seu longo processo de recuperação de uma quarta operação ao joelho direito. O antigo número um do Mundo, agora com 40 anos, deu uma longa entrevista ao Caminada Magazin, onde falou abertamente sobre em que ponto se encontra e sobre como o título de Rafael Nadal no Australian Open o inspirou.

PONTO DA RECUPERAÇÃO

“Não publico muitas fotografias do meu treino porque sempre o vi como uma rotina, toda a gente treina duro. Um dia jurei que não ia acabar a carreira todo rebentado. Mais à frente vou querer esquiar com os meus filhos, jogar futebol com os meus amigos. É por isso que estou a fazer recuperação agora, não é só por causa do ténis. Quero ter uma vida depois da minha carreira”

COMPETIÇÃO

“Não posso pensar tão à frente. Neste momento estou à espera de uma validação dos médicos, estou pronto para dar tudo outra vez. Sinto-me como um cavalo de corrida à espera do seu posto outra vez, com muita vontade de correr. Espero voltar a jogar este verão. Tenho de saudades de chegar a casa de noite depois de um dia duro de treinos, de estar completamente exausto”

INSPIRAÇÃO DE NADAL

“É incrivelmente inspirador quando alguém regressa de tantos problemas de saúde. Rafa e eu falamos por telefone de vez em quando, falamos muito. Sabia que ele não estava muito bem, mas conseguiu ganhar o Australian Open na mesma, então fiquei muito feliz por ele. O esforço que fez foi imenso. Hoje em dia, simplesmente preparar um encontro leva muitas horas”

ROTINA AOS 40 ANOS

“O meu corpo é como um carro, tenho de rodar mil parafusos até que o motor funcione sem problemas. A mobilização, os alongamentos e o aquecimento de manhã, isso tudo demora uns 45 minutos. Depois vamos para o campo, aqueço meia hora, faço alongamentos, fortaleço os tornozelos e volto a aquecer, faço ginásio, exercícios de velocidade explosiva. Antes de jogar, tenho de cuidar do meu corpo durante umas duas horas e meia”

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt