Federer: «Com 20 anos de carreira já não me interessa o dinheiro. Jogo por diversão e vou continuar a fazê-lo»

Roger Federer voltou a estar nas bocas do mundo, graças à conquista do prémio de desportista do ano, atribuído pela academia dos Laureus. O número um mundial continua assim a atravessar uma fase da carreira de sonho e já está com olhos postos para Indian Wells, prova na qual é o detentor do título.

Numa entrevista ao site Ubitennis, o suíço reforçou a ideia de se estar a 100%, quando se vem de uma lesão. “Quando regressas duma lesão tens de estar a 100%. Tens que aprender a dizer não: se não é o momento, não podes voltar. Nem quando estás a 90% é suficiente. O nosso desporto requer um enorme compromisso físico e mental, por isso, tens que te sentir bem”, afirmou o tenista de 36 anos, que admite estar numa fase em que joga por diversão.

“Depois de 20 anos de carreira não importa o dinheiro. Quero jogar por diversão e vou continuar a fazê-lo até que a minha esposa e os meus filhos estejam de acordo porque o mais importante é a felicidade. Sem eles não seria o campeão de hoje. Não sou perfeito e quando és pai percebes isso. Estar com eles, os meus treinadores e equipa, dá-me uma serenidade extraordinária. É tudo o que quero”.

Sobre o facto de ter um ténis elegante, Federer mostra outra teoria. “O que chamam elegância, para mim é naturalidade. Sempre tentei mover-me no court de uma forma instintiva, sem copiar nenhum jogador. Tenho um ténis totalmente meu: diferente do atual, muito agressivo e rápido. Não quero o choque, o impacto. A brutalidade do ténis não me pertence, nunca gostei. Ataco primeiro porque depois posso decidir para onde vai a bola, mas isso sai-me naturalmente”, frisou o helvético.