Federer: «Chorei seis vezes a ver o meu documentário»

Por José Morgado - Junho 19, 2024

Roger Federer está prestes a estrear o seu documentário, que retrata as semanas antes da sua retirada da modalidade e não esconde as imagens que os seus fãs vão ver… são muito emocionantes. O suíço, campeão de 20 títulos de Grand Slam, admite mesmo que chorou (e bastante!) ao ver as imagens.

Aqueles são, verdadeiramente, os últimos 12 dias da minha carreira. Muitas coisas aconteceram naqueles dias. O documentário mostra o sofrimento, a vulnerabilidade e a beleza que existe na carreira de um atleta. Aquelas imagens, no princípio, eram para ser particulares, para a minha família, mas vimos que eram tão lindas que não podíamos guardá-las só para nós. É por isso que tenho orgulho de compartilhá-los com meus fãs. Quando me retirei achei que ia sofrer mais do que na verdade sofri. Mas eu e a Mirka já vimos o documentário e chorámos seis vezes a vê-lo”, confessou em entrevista à ‘Gazzetta Dello Sport’.

Federer elogiou ainda Sinner e Alcaraz. São boas notícias para o ténis. É ótimo que exista um número italiano. Há muitos tenistas que têm estado fortes nesse país, como Cobolli, Nardi, Arnaldi, Musetti, Sonego, Berrettini, Sinner… Tenho certeza que estou a esquecer alguns. O Jannik merece. Ele está a jogar muito bem. Acompanho com interesse. Ainda é cedo para falar da rivalidade Carlos-Jannik. Cada tenista tem a sua personalidade, mas são muito fortes e parece-me que se respeitam muito. Parece que a próxima grande rivalidade será a deles. É bom vê-los jogar.”

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E será que Federer já esqueceu a ‘fatídica’ final de Wimbledon 2019? “Perdi aquela final, mas acho que se tivesse vencido minha vida não teria mudado nada. Quando era criança, sonhava um dia jogar em Wimbledon e vencer o torneio. Não esperava vencer oito vezes e ter tanto sucesso. No final, falamos de um prémio extra. Obviamente, se eu pudesse jogar esses match points novamente, faria diferente, mas o saldo da minha carreira é positivo. Sinto profunda felicidade e gratidão pelo ténis.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt