Federer admite que está na Taça Davis por obrigação

Por admin - Setembro 17, 2015

Já em Genebra para o confronto com a Holanda, Roger Federer não escondeu uma vez mais o seu desagrado pelo formato da Taça Davis, com rondas isoladas durante a temporada que obrigam a longas deslocações para os confrontos.

Campeão em título, o suíço de 34 anos admitiu que a sua presença na eliminatória deste fim-de-semana é exclusivamente a pensar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. “O cenário ideal teria sido eu parar após a vitória em Lille, mas eu sabia que não era possível por causa dos Jogos Olímpicos”, confessou o finalista do US Open ao jornal Blick.

Para marcar presença no Rio de Janeiro no próximo ano, Federer precisa de estar disponível para representar a Suíça em pelo menos duas convocações durante o ciclo olímpico, uma delas em 2015 ou 2016. Uma regra que o helvético já apelidou de “ridícula”, tendo mesmo chegado a dizer que a competição por seleções era um “fardo” para si.


É difícil jogar a Taça Davis e ser o número um, ganhar Grand Slams e Masters 1000


Uma afirmação que diz estar relacionada com as exigentes viagens e com a dificuldade em conciliar os confrontos com o seu calendário ATP. “Entendo que tenha que dar respostas [se vou jogar ou não], mas nunca se sabe onde vamos jogar. O [Marin] Cilic vai para o Brasil, o [Rafael] Nadal para Dinamarca, nós para Genebra. Tivemos sorte desta vez. A Taça Davis deixa tudo incerto e é difícil lidar com essa incerteza”, explica.

“Gosto do organizar o meu trabalho, olhar pela minha saúde e sou flexível, mas é difícil jogar a Taça Davis e ser o número um, ganhar Grand Slams e Masters 1000. E depois ainda te criticam se perdes a final de Dubai. Não posso agradar a todos”, desabafou o número dois mundial, não deixando de reconhecer que a competição o tornou num jogador melhor. “Nem tudo é negativo e até mesmo as coisas negativas eu vejo hoje como positivas”.

Para o confronto com a Holanda este fim de semana, que vale um lugar no Grupo Mundial, Federer assume, sem reservas, o favoritismo: “somos a mesma equipa do ano passado, vamos jogar na arena onde vencemos a meia-final e os quartos-de-final, por isso somos favoritos”. A equipa holandesa tem em Thiemo de Bakker o seu jogador mais cotado, atualmente na 144.ª posição do ranking.

Mais de 800 pessoas assistiram ao primeiro treino da seleção helvética em Genebra.

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