Escolha das duplas indianas para o Rio acaba em (muita) polémica

Por admin - Junho 11, 2016
New Delhi: Micromax India Aces, Sania Mirza and Rohan Bopanna during their mix doubles match against Manila Mavericks players Flipkens and Nester at the International Premier Tennis League (IPTL) at IGI stadium in New Delhi on Saturday. PTI Photo by Shahbaz Khan

Sem estrelas na variante de singulares, todas as atenções do ténis olímpico indiano viram-se para os pares e para os excelentes jogadores que o país tem na variante. E se nos pares femininos a número um mundial Sania Mirza pode escolher uma qualquer parceira, por ser a número um mundial, as variantes de pares masculinos e pares mistos estão a dar muito que falar.

Nos pares mistos, a questão é mais fácil de explicar: como o quadro tem apenas 16 duplas, o cut-off para a competição é muito baixo, pelo que Sania Mirza preferiu escolher Rohan Bopanna, número 10 ATP de pares, para fazer parceria consigo. Caso escolhesse Leander Paes, que ainda na semana passada fechou o Grand Slam de carreira de pares mistos ao lado de Martina Hingis, os indianos corriam o risco de não se qualificar para o Rio’2016, já que Paes é apenas 46.º do ranking mundial.

Nos pares masculinos a história é outra: por ser top 10 mundial, Rohan Bopanna tem direito a escolher o seu parceiro para os Jogos Olímpicos. Como a sua relação, dentro e fora do court, com Leander Paes não é a melhor, Bopanna propôs à Federação Indiana de Ténis Saketh Myneni, número 125 ATP, para seu parceiro, mas o nome foi imediatamente… recusado, com a AITA a eleger Paes para fazer parceria com Bopanna.

“Não acredito que os nossos estilos de jogo sejam compatíveis e se completem. Não acredito que venhamos a fazer uma boa combinação para os Jogos Olímpicos”, confessou Bopanna na mensagem enviada à Federação.