Escândalo escondido: Sinner acusou duas vezes doping, evitou suspensão e conseguiu provar inocência
É uma verdadeira bomba que caiu nos últimos minutos de forma absolutamente surpreendente no Mundo do ténis. Jannik Sinner, número um do Mundo e campeão do ATP Masters 1000 de Cincinnati neste domingo — o quinto título da sua temporada –, testou duas vezes positivo durante o mês de março (uma durante o Masters 1000 de Indian Wells e outra na semana seguinte) para uma substância proibida, o ‘clostebol’, e esteve suspenso preventivamente da modalidade por duas ocasiões sem que ninguém tenha tido qualquer conhecimento.
O agora líder mundial conseguiu sempre recorrer da suspensão para um tribunal e tal suspensão ou recurso nunca foram tornadas públicas. O italiano conseguiu provar que foi contaminado e não teve intenção de se dopar junto de um tribunal independente em Londres, nos últimos dias, e o caso só foi tornado público esta terça-feira, em vésperas do US Open, na ressaca do Masters 1000 de Cincinnati que Sinner ganhou mas já depois de o italiano ter uma decisão favorável.
Sinner competiu durante os últimos meses de forma normal, com a sua suspensão provisória levantada, e lutou paralelamente nos tribunais pela sua inocência sem que a sua carreira tenha sido propriamente afetada por isso. O transalpino provou junto de um tribunal ter sido contaminado pelo seu fisioterapeuta, que utilizava o tal produto para questões pessoais. Foram restos de produto que estavam nas mãos do fisioterapeuta que acabaram por contaminar o número um do ranking ATP.
Jannik Sinner vai perder todos os pontos (400) e prize-money (320 mil dólares) referentes ao torneio de Indian Wells e essa acaba por ser a sua única consequência prática, que ainda assim não lhe afeta (minimamente) a liderança do ranking mundial.