Escândalo escondido: Sinner acusou duas vezes doping, evitou suspensão e conseguiu provar inocência

Por José Morgado - Agosto 20, 2024
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É uma verdadeira bomba que caiu nos últimos minutos de forma absolutamente surpreendente no Mundo do ténis. Jannik Sinner, número um do Mundo e campeão do ATP Masters 1000 de Cincinnati neste domingo — o quinto título da sua temporada –, testou duas vezes positivo durante o mês de março (uma durante o Masters 1000 de Indian Wells e outra na semana seguinte) para uma substância proibida, o ‘clostebol’, e esteve suspenso preventivamente da modalidade por duas ocasiões sem que ninguém tenha tido qualquer conhecimento.

O agora líder mundial conseguiu sempre recorrer da suspensão para um tribunal e tal suspensão ou recurso nunca foram tornadas públicas. O italiano conseguiu provar que foi contaminado e não teve intenção de se dopar junto de um tribunal independente em Londres, nos últimos dias, e o caso só foi tornado público esta terça-feira, em vésperas do US Open, na ressaca do Masters 1000 de Cincinnati que Sinner ganhou mas já depois de o italiano ter uma decisão favorável.

Sinner competiu durante os últimos meses de forma normal, com a sua suspensão provisória levantada, e lutou paralelamente nos tribunais pela sua inocência sem que a sua carreira tenha sido propriamente afetada por isso. O transalpino provou junto de um tribunal ter sido contaminado pelo seu fisioterapeuta, que utilizava o tal produto para questões pessoais. Foram restos de produto que estavam nas mãos do fisioterapeuta que acabaram por contaminar o número um do ranking ATP.

Jannik Sinner vai perder todos os pontos (400) e prize-money (320 mil dólares) referentes ao torneio de Indian Wells e essa acaba por ser a sua única consequência prática, que ainda assim não lhe afeta (minimamente) a liderança do ranking mundial.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com