Draper saiu desiludido de Wimbledon: «Pensava que estava à frente de onde estou…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 4, 2025

Jack Draper gerava muitas expectativas em Wimbledon, como a grande esperança do público da casa. Mas o número quatro do Mundo ficou pelo caminho logo na segunda ronda, diante de Marin Cilic, algo que o deixou profundamente desapontado.

DESILUSÃO PELO ADEUS A WIMBLEDON

Estou muito frustado. É uma das derrotas mais duras que sofri. Cilic fez um encontro incrível do início ao fim, não tremeu. Mereceu ganhar mas dói muito. Estou muito desiludido com o meu ténis em relva este ano. Em Queen’s não me senti muito bem, não sei como cheguei às meias-finais e tive hipóteses de chegar à final. Este ano percebi que tive problemas na relva. Senti-me muito bem em terra, com um jogo sem buracos, mas na relva senti grande diferença. Tenho de ter isso em conta, perceber como vou desenvolver o meu jogo a longo prazo para o ano que vem, para melhorar como jogador. Isto mostrou muitos pontos fracos no meu jogo, sobretudo contra um jogador como ele, tão bom na relva.

PRESSÃO EM LONDRES

O que vivi estes dias faz-me pensar que o feito de Andy Murray, ao vencer aqui duas vezes, é simplesmente incrível. Não é a pressão. Simplesmente não joguei suficientemente bem, perdi contra um jogador melhor. Não joguei a pensar que estava com muita pressão, como vocês dizem. Simplesmente não foi bom o suficiente, não fui capaz de encontrar o nível que queria.

O QUE TEM DE MELHORAR

Na relva… é tudo. Tenho de melhorar a direita, não fui capaz de lidar com o ritmo dele. Há muitas áreas no meu jogo que tenho de trabalhar muito para ser o jogador que quero ser. Quero sentir que todo o meu jogo é seguro. Acho que isso vê-se nos melhores jogadores, são constantes o tempo todo. Acho que as duas últimas semanas serviram para perceber que, embora tenha tido uma evolução incrível nos últimos 12 meses, ainda tenho muito para melhorar. De certa maneira, isso é entusiasmante, mas também difícil de assumir, porque pensava que estava à frente de onde estou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt