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Do apoio do pai às tatuagens inspiradoras. Gleb Sakharov é o campeão do ‘future’ de Oliveira de Azeméis
Nasceu no Uzbequistão, onde o amor pelo ténis começou, mas foi em França, mais concretamente na cidade de Nantes, que tudo se tornou mais sério. Campeão do torneio future de Oliveira de Azeméis este domingo, o jogador francês Gleb Sakharov, atual 275.º da classificação ATP, mudou de país aos 13 anos e acredita ter sido “uma boa escolha” dos seus pais, nomeadamente do seu grande pilar, o pai Andrei.
“A minha paixão começou no Uzbequistão, com a minha mãe e o meu pai. Eles jogaram ténis e deram-me a minha primeira raquete. Quando fui para França [em 2001], o meu pai incentivou-me muito e eu estou muito grato por ele ter acreditado em mim”, começou por dizer Sakharov ao ‘Bola Amarela’, sublinhando que aquilo que fez foi seguir os passos da família e acreditar nela.
“A mudança de país, do Uzbequistão para França, foi uma escolha dos meus pais, não foi minha. Foi difícil mas foi também uma boa escolha. O meu pai teve as suas razões. Quis o melhor para a família e foi bem sucedido. Eu apenas fui atrás da minha família”, confessou o gaulês, incentivado não só pelo seu pai como também pelas duas frases que tem marcadas no seu braço esquerdo.
“Mantém o foco, confia no processo”
“Isto também deverá passar”
Duas tatuagens, um significado. Gleb Sakharov, que já figurou no 158.º posto da hierarquia ATP na presente temporada, explica que os objetivos só se concretizam se acreditarmos neles. “As tatuagens querem dizer que tudo passa, os bons e os maus momentos na vida. E não interessa o quão difícil é o caminho que escolhemos, temos de acreditar apenas no percurso que fazes”, refletiu.
E o que é certo é que, esta semana, os objetivos foram cumpridos. Logo após derrotar o belga Yannick Mertens, 340.º do Mundo, na final da prova oliveirense, e defender com sucesso o estatuto de primeiro cabeça de série, Sakharov explicou o que sentiu. “É sempre um sentimento incrível terminar a semana com um título. Agora quero continuar a jogar sem lesões e gostar de estar no court, a lutar. Regressar ao top 200 ATP também seria bom”, apontou o jogador francês, que já havia jogado em Portugal.
“Conheço algumas coisas cá. Joguei o challenger de Braga e Lisboa e adorei as duas cidades. As pessoas são muito simpáticas e está sempre sol. Conheço também alguns jogadores portugueses. Tenho uma boa relação com todos eles, são jogadores muito bons”, disse Gleb Sakharov, que já fez parceria, por exemplo, com o portuense Gonçalo Oliveira, em torneios de pares.
E, sim, aos 30 anos de idade a paixão pelas raquetes continua. “Tenho 30 anos, mas ainda gosto de jogar ténis. Quero manter-me assim enquanto sentir que consigo dar cem por cento em todos os encontros. Acredito que ainda posso melhorar, fazer melhor. Trabalho para isso todos os dias. Quando sentir que não tenho mais margem de progressão, então aí eu paro”, rematou, sempre à procura de fazer mais e melhor.
“Joguei esta semana um torneio future porque preciso de voltar a ganhar confiança para as provas challenger”, concluiu Gleb Sharakov que, em duas horas de encontro, bateu na final o belga Mertens em parciais diretos, por 7-6(7) e 6-4.
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