Djokovic – Um apelido que pesa chumbo

Se ser irmão de Novak Djokovic pode ter todas as vantagens quantas possa imaginar, e mais algumas, não menos verdade é que o contra por detrás do apelido sérvio mais afamado do mundo do desporto chega a pesar mais do que todas as expectativas, vontades, e sonhos de uma vida.

“O meu irmão mais velho [Marko] parou de jogar ténis”, revelou o número um mundial à imprensa chinesa, de acordo com o site tennis.com. “O mais novo [Djordje] está a decidir se quer ou não continuar. Estou muito satisfeito por podermos ter a oportunidade de jogar antes de ele tomar uma decisão”, continuou o mais velho dos Djokovic, que disputou o quadro de pares com o irmão caçula em Pequim (perderam na segunda ronda).

“Sempre estive envolvido [nas suas carreiras]. Obviamente que todo o sucesso que tive na minha carreira, em juniores e depois no circuito profissional, aumentou a pressão sobre eles e foi difícil lidarem com as expectativas”, acrescentou.

O trio Djokovic está reunido, esta semana, em Pequim, precisamente no torneio onde o melhor jogador da atualidade nunca perdeu, tendo-se sagrado campeão da prova ATP 500 em cinco ocasiões. “Se olharmos para os casos de atletas bem sucedidos e dos seus irmãos mais novos, não há muitos que tenham conseguido alcançar o seu sucesso ou até chegar perto”.

“É muito difícil para eles terem de enfrentar esse tipo de desafio mental para onde quer que vão. Por outro lado, eles tiveram de superar muito mais nas suas carreiras do que a maioria dos jogadores da sua geração”, frisou o vencedor de dez título do Grand Slam.

Relação de irmãos primeiro

“Tento envolver-me nas suas carreiras mas considero que se estiver a falar de ténis constantemente, a tentar melhorar os seus jogos, a dar conselhos, pode prejudicar a nossa relação de irmãos, que é a que eu quero ter com eles. Quero ser capaz de falar livremente com eles, sem ser sobre ténis. Sempre que eles querem falar sobre isso, falamos. Temos uma excelente relação”, concluiu o jogador de 28 anos.

Djordje tem 20 anos e ocupa a posição 1 502.ª do ranking, ao passo que Marko chegou a ser número 581 em 2012, apesar de nunca ter vencido qualquer encontro no circuito ATP.