Djokovic: «Provei uma vez mais que é nestes palcos que eu subo o nível»
Novak Djokovic qualificou-se esta quarta-feira para a sua 51.ª meia-final em torneios de Grand Slam, ao derrotar o alemão Alexander Zverev, 10 anos mais novo e terceiro do ranking mundial, em quatro sets. O sérvio de 38 anos mostrou-se em conferência de imprensa naturalmente feliz com o nível apresentado e com a forma como reagiu perante as adversidades, quer provocadas pelo adversário, quer pelas condições.
SUBIR O NÍVEL NOS GRAND SLAMS
Não é segredo, tem sido assim há anos: para mim, tudo gira em torno dos Grand Slams, tentar elevar o nível e jogar meu melhor ténis nesses quatro torneios, e é isso que tenho conseguido. Acho que a vitória contra o Alcaraz nas quartos de final do Open da Austrália, vencer os quartos de final contra o Zverev hoje à noite prova para mim mesmo e aos outros que ainda posso jogar no mais alto nível, e que eu simplesmente subo o nível nessas ocasiões.
‘ABUSOU’ NOS AMORTIS POR CAUSA DO VENTO
Não sei se alguma vez fiz tantos amortis num encontro. Talvez contra o Nadal aqui em Roland Garros. Contra o vento, por vezes tem de ser. De um dos lados era quase como jogar contra dois jogadores. Sinto que a bola não ia para onde eu a batia. Sim, obviamente as pessoas não veem isso na televisão, mas em campo sente-se imenso. Sim, estava apenas a tentar variar o jogo. A certa altura, senti que não conseguia ultrapassá-lo, por isso tentei trazê-lo à rede. Arrisquei com a amorti, com o serviço e vólei. Tinha de ser feito. Quer dizer, estava obviamente tenso por estar a tentar fechar o encontro e acho que ele estava simplesmente a jogar de forma consistente no fundo do court naquele último jogo, sem cometer erros e a obrigar-me a trabalhar. Foi um jogo incrível. Obviamente, vencer um dos melhores jogadores do mundo num dos maiores palcos é algo pelo qual definitivamente trabalho, e continuo, sabes, a esforçar-me diariamente, mesmo com esta idade, por causa deste tipo de jogos e destas experiências. É uma prova, tanto para mim próprio como para os outros, de que ainda consigo competir ao mais alto nível.
IR A GENEBRA FOI UMA BOA IDEIA
Ajudou definitivamente no meu nível de confiança, sabes, e no meu jogo. Em termos de ganhar obviamente mais confiança, isso reflete-se positivamente no jogo, e depois começas a jogar melhor à medida que vais avançando, o que é lógico de esperar quando começas a ganhar. Ainda assim, acho e acredito que o meu jogo estaria em bom nível mesmo que não tivesse jogado em Genebra e tivesse vindo diretamente para aqui, porque, como disse, dou o meu melhor nos Grand Slams e consigo sempre jogar o meu melhor ténis. Mas, ainda assim, foi uma boa decisão ir a Genebra.
ELOGIOS A SINNER
O Jannik está em grande forma e tem sido, merecidamente, o melhor jogador dos últimos anos. Tem jogado um ténis fantástico, um ténis ofensivo, e está super sólido em todos os aspetos do seu jogo. Já não jogo contra ele há algum tempo e, sabes, os nossos encontros foram sempre emocionantes. Houve uma altura em que acho que jogámos três ou quatro vezes num curto espaço de tempo em piso duro, mas não creio que… jogámos talvez uma vez em terra batida, em Monte Carlo, há alguns anos. Sim, vai ser, claro, uma meia-final de um Grand Slam contra o número 1 do mundo. Não há ocasião maior para mim, por isso vou tentar dar o meu melhor, elevar o nível e jogar tão bem como joguei esta noite.
Um miúdo de 38 anos! Djokovic brilha contra Zverev e está nas ‘meias’ de Roland Garros
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