Djokovic e a ‘passagem de testemunho’ em Wimbledon: «As pessoas gostam de falar»

Por José Morgado - Setembro 11, 2023

Novak Djokovic, campeão de 24 Grand Slams e novamente número um do Mundo, conquistou este domingo o US Open pela quarta vez, confirmando uma temporada quase perfeita em nível dos torneios principais da modalidade. Foram três títulos e uma final perdida para Carlos Alcaraz em Wimbledon que não deixa de lhe causar… alguns arrependimentos.

“Ganhar três de quatro Slams é incrível, não há dúvidas. Há alguns arrependimentos em relação a Wimbledon, mas tenho de estar muito contente com a minha temporada”, confessou o sérvio, que venceu sete dos últimos 10 Grand Slams que disputou, com as exceções a serem o US Open 2021 (Medvedev), Roland Garros 2022 (Nadal) e Wimbledon (2023).

Sobre o espanhol, apenas palavras boas, ainda que não tenha claramente gostado de quem disse que Wimbledon foi uma passagem de testemunho. “As pessoas gostam de falar muito. É normal. Há opiniões para tudo. É claro que cada um tem as suas opiniões mas eu não ligo ao que todas as pessoas dizem. Eu foco-me no que tenho de fazer para ganhar os grandes torneios. É o que me importa. É excelente para o ténis que eu tenha uma grande rivalidade com o Alcaraz, que é alguém refrescante para o ténis. Todos queremos mais atenção para o ténis e o Carlos é ótimo para isso. Tudo o que sempre tenho dito sobre ele é sentido e é com a melhor das intenções. O ténis está num bom momento.”

Djokovic assegurou ainda que a sua carreira tem superado tudo aquilo que alguma vez sonhou. “O meu sonho de criança era ganhar Wimbledon e ser número um. Quando concretizei isso em 2011 tive de criar novos objetivos. Ter objetivos é muito importante numa caminhada que tenha um destino. Os meus objetivos foram sempre aumentando mas penso que nunca pensei intensamente na história até talvez há uns três anos. Percebi que estava perto do recorde de semanas em número um e vi também que tinha chances nos Grand Slams, apesar de estar mais longe. Mas acreditei sempre, não meti um número limite nos últimos anos e continuo sem ter, mas vou continuar a priorizá-los como os mais importantes.”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com